INDEPENDENCIA!

NÃO SE DESCUIDE.

Topo

M Municípios

Educação

Educação (300)

CNM apresenta posicionamento sobre novo substitutivo do Fundeb em reunião na Câmara dos Deputados

WhatsApp Image 2020 07 10 at 19.35.34 1Representantes da área de Educação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) participaram, na última sexta-feira, 10 de julho, de uma reunião informal da Comissão Especial do Fundeb na Câmara dos Deputados. O debate foi sobre a minuta do novo substitutivo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2015, com participação de vários parlamentares e, além da CNM, outras entidades representativas na área de educação.

A expectativa é que nesta semana, a proposta seja avaliada pelo plenário da Câmara. Para a CNM, esse é um tema urgente e deve ser aprovado de forma célere, pois além da pandemia do novo coronavírus, os gestores têm enfrentado quedas significativas nas receitas do Fundeb.

Na reunião, a consultora da CNM Mariza Abreu foi a responsável por apresentar o posicionamento da Confederação sobre o tema e afirmou que a entidade é a favor do novo substitutivo do Fundeb. “A CNM é a favor do novo substitutivo, entendendo que quando se faz um processo tão intenso de negociação o resultado não é igual a opinião original de nenhum de nós. Todos fizemos concessões para chegar aquilo que é o melhor possível nesse momento para garantirmos a continuidade do Fundeb e transformá-lo em permanente e não colocarmos o financiamento da educação básica pública em risco”, justificou a especialista.

Pontos defendidos
Mariza Abreu alertou ainda para os pontos que foram amplamente defendidos pela Confederação durante todo processo de debate da PEC. “A CNM destaca alguns pontos com os quais ela concorda: a não inclusão na cesta do Fundeb dos dois 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que foram conquistas dos Municípios posteriores à Emenda Constitucional 53/2006, de criação do Fundeb. Então nossa defesa é que mantenham a cesta do Fundo como é hoje. E a não inclusão da mudança do artigo 20 da Constituição Federal que se refere aos royalties, porque esse assunto fundamental para a sociedade brasileira como um todo e para o financiamento da educação está em debate no aperfeiçoamento do pacto federativo”, lembrou Mariza.

Sobre o salário-educação, outro tema em debate na proposta, a representante da CNM destacou que “uma questão que une todos nós é retirar a possibilidade de uso dos recursos do salário-educação da complementação da União, pois colocaria em risco os programas suplementares que são financiados pela cota federal do salário-educação. Com certeza a completação da União não é o que todos nós gostaríamos que fosse, mas é exatamente o possível nesse momento e no fundo é duplicar, é aumentar 100%, é passar de 10 para 20% neste modelo híbrido e, é claro, na situação de dificuldades econômicas e fiscais que vivemos é compreensível esse aumento da gradatividade da complementação da União”.

Por fim, Mariza Abreu parabenizou os parlamentares a agradeceu a oportunidade de participação nos debates. “Essa reunião mostra que os deputados e a relatora conseguiram fazer um trabalho de construção de consenso que a bola está na marca do gol e que precisamos fazer esse gol na semana que vem na Câmara dos Deputados”, disse a representante da CNM.

Leia mais:

 Minuta do novo substitutivo do Fundeb é apresentado e pode ser votado na semana que vem

 

Por Mabilia Souza 

Da Agência CNM de Notícias 

 

Pandemia traz novos desafios aos 30 anos do ECA

Crianças podem se tornar maiores vítimas, diz secretário

Publicado em 09/07/2020 - 20:54 Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A pandemia do novo coronavírus pode agravar a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes. A preocupação é do secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Maurício Cunha.

“As crianças podem não ser o rosto da pandemia, talvez seja dos idosos, mas elas correm o risco de acabar se tornando as maiores vítimas. Todas as crianças estão sendo afetadas pelos impactos econômicos e em alguns casos por medidas de mitigação”, disse o secretário ao citar relatório das Nações Unidas sobre o impacto global da covid-19.

A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Florence Bauer, explicou que o efeito nas crianças é maior do que entre os adultos. “Os desafios já existiam e agora se tornaram mais importantes. No Brasil, assim como em outras partes do mundo, a pobreza afeta mais as crianças do que o resto da população”, disse.

Para as duas autoridades, as consequências da pandemia sobre crianças e adolescentes são agravadas pela situação de desigualdade social histórica no Brasil. Esse cenário de riscos marca a passagem dos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinado em 13 de julho de 1990 pelo então presidente Fernando Collor de Mello.

Avanços sob riscos

Na avaliação de Cunha e Florence, nas últimas três décadas houve grandes avanços na promoção de direitos das crianças e adolescentes com o ECA, como a queda de mortalidade infantil em ritmo mais acelerado que o restante do mundo, crescimento dos registros civis, aumento de matrículas nas escolas e diminuição do trabalho infantil.

Apesar disso, alguns problemas persistem, como 2,4 milhões de crianças e adolescentes com menos de 14 anos trabalhando, e 1,7 milhão fora da escola. Esses problemas podem ser somados a outros desafios não existentes à época de criação do ECA, especialmente quanto à violência contra os jovens mais vulneráveis.

“Precisamos avançar na prevenção de todas as formas de violência”, disse Cunha ao citar os indicadores de letalidade entre jovens e crimes de exploração e abuso sexual, inclusive por meio da internet.

A representante do Unicef teme queda nos índices de vacinação, aumento da violência doméstica, mais trabalho infantil e evasão escolar. “Estamos muito preocupados porque uma parte das crianças e dos adolescentes não estão conseguindo estudar. Há uma grande parte que está se desvinculando da escola.”

Para Florence Bauer, os riscos de retrocesso devem ser afastados seguindo as diretrizes da lei. “O que mais precisamos fazer é reafirmar o compromisso assumido com o ECA. Sobretudo o princípio da prioridade absoluta [à infância e à juventude]”. Maurício Cunha lembra que, conforme o Artigo nº 227 da Constituição Federal, obrigações quanto às crianças e aos adolescentes são do Estado, da sociedade e da família.

Cunha e Baur participaram de eventual virtual promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no final da tarde desta quinta-feira (9).

Edição: Fábio Massalli

 

Entenda como funcionará a Lei Aldir Blanc em Alagoas

Estado deve receber mais de 57 milhões para auxílio aos artistas

 

NOTÍCIAS RELACIONADAS

 

Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc é aprovada na Câmara dos Deputados

 

Os setores culturais e criativos no Brasil movimentam R$ 171,5 bilhões por ano, o equivalente a 2,61% de toda a riqueza nacional, empregando 837,2 mil profissionais. Anteriormente à pandemia da Covid-19, o segmento cultural previa a geração de R$ 43,7 bilhões para o PIB brasileiro até 2021. Duramente atingidos, empreendedores, artistas e trabalhadores da área cultural serão os últimos a retomarem suas atividades.

A Lei Aldir Blanc, sancionada no dia 29 de junho, foi uma das medidas emergenciais que o setor cultural tomou para minorar os efeitos da pandemia na classe artística. Alagoas deve receber um valor estimado em mais de R$ 57 milhões, sendo R$ 31,5 milhões para o Estado e o restante direto na conta dos municípios, provenientes da nova lei federal de auxílio financeiro aos artistas informais do país durante o período de pandemia do novo coronavírus.

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AL) já vinha se mobilizando para atender os requisitos da nova lei. O Cadastro Único da Cultura Alagoana (Cuca), que em breve servirá como acesso oficial da Lei Aldir Blanc, onde todos os trabalhadores da cultura que desejam ter alguma relação com a Secult, precisa ser efetuado; assim como as reuniões com segmentos culturais, a reformulação do Conselho Estadual de Cultura, são resultados do amplo debate entre a pasta e os gestores culturais. A Secult também já fez os contatos institucionais com Seplag, Sefaz, Caixa, PGE, e demais órgãos para estarmos prontos para receber o recurso da Lei Aldir Blanc.

Segundo o cálculo foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios, Maceió sai com uma estimativa de R$ 7,1 milhões, e Arapiraca, com R$ 1,6 milhão, sendo as cidades que mais devem receber recursos federais com a nova lei federal.

“Esta é uma conquista construída com muitas mãos, um roteiro que uniu todo o país. Foram centenas de manifestações, lives, mensagens, encontros, reuniões virtuais, petições, tuitaços, abaixo-assinados, web conferências, debates e pedidos pela aprovação e sanção. E começa mais um outro grande desafio: a liberação e execução dos recursos financeiros previstos na Lei, para que sejam executados de forma descentralizada por estados e municípios, em caráter emergencial”, disse a titular da pasta, Mellina Freitas.

Essas e outras informações sobre a lei podem ser conferidas no link

Processo de aprovação

Resultado de uma mobilização cultural entre gestores e agentes do segmento, a Lei Aldir Blanc mobilizou as redes sociais, e inúmeras web conferências promovidas pelos diversos órgãos e entidades de todo o país, reunindo milhares de brasileiros.

No dia 26 de maio, o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e por sugestão da relatora Jandira Feghali, a lei recebeu o nome do compositor Aldir Blanc, falecido em 04 de maio. A comunidade cultural permaneceu em articulação pela rápida votação do projeto no Senado Federal, o que ocorreu dez dias depois, em 04 de junho, resultando com a aprovação do mesmo.

Com intenso apoio popular, a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc foi anunciada como sancionada no dia 29 de junho, com ressalvas de uma Medida Provisória e único veto relacionado ao prazo de 15 dias dos repasses da União para Estados e Municípios.

11

Fonte: Assessoria

Volta às aulas deve considerar uso de todos os espaços da escola e não apenas as salas de aula, avaliam especialistas em educação

EDUCAÇÃO

Por Imprensa SESC  0

Psicopedagogo italiano Francesco Tonucci,

Evento organizado pelo Sesc e o IIPE UNESCO analisou o futuro da escola após a pandemia do novo coronavírus

Avolta dos alunos para as escolas começa a ganhar um horizonte. Mas ainda há muitas dúvidas sobre os protocolos a serem seguidos para evitar os riscos de contágio pelo novo coronavírus e, também, sobre como devem funcionar os estabelecimentos de ensino no futuro. Em evento realizado pelo Sesc e o Instituto Internacional de Planejamento Educacional da UNESCO no dia 24, especialistas em educação debateram a volta às aulas e chegaram a alguns consensos, entre eles que todos os espaços da escola precisam entrar no planejamento de retomada presencial dos estudos.

Para o psicopedagogo italiano Francesco Tonucci, esse planejamento não deve partir da pergunta sobre o que os estudantes perderam durante o período de quarentena, mas sim sobre o que ganharam.

Criador do projeto "A cidade das crianças", ele passou os últimos meses defendendo o conceito da "casa como laboratório de experimentação", com tarefas domésticas que pudessem ser associadas às disciplinas escolares. Nessa "didática de emergência", lavar roupa, pregar botões, cozinhar, cuidar de uma planta, ver fotos de família ou escrever um diário complementaram as velhas lições de casa.

Agora, Tonucci vai além e propõe para o fim do confinamento uma reinvenção das escolas. Ao lado de profissionais do Sesc e do IIPE UNESCO, ele participou na última quarta-feira, 24, de um debate virtual com a presença de mais de 5 mil pessoas de toda a América Latina, onde defendeu que as escolas "têm um tesouro a descobrir".

"Nas pesquisas que realizamos com os Conselhos de Crianças, quase todas elas acreditam que aprenderam alguma coisa neste longo período de espera. E não estamos falando de brincadeiras, e sim de capacidades e competências", diz Tonucci. Para ele, esse conhecimento deve ser explorado dando autonomia e espaço às crianças, com aulas multisseriadas fora dos limites da sala de aula.

Uma nova escola deveria, portanto, fazer melhor uso de seus corredores, pátios e jardins, e assim também encontrar soluções para o distanciamento social que as crianças e adolescentes deverão continuar mantendo na volta às aulas presenciais. Nas palavras do psicopedagogo, é preciso "renunciar à sala de aula e pensar uma escola feita de oficinas e laboratórios".
Gilvania Porto Ferreira, analista de educação do Departamento Nacional do Sesc, avalia que o período de confinamento residencial já esgotou a capacidade dos alunos de adequação a lugares restritos, como as salas de aula.

"Agora estamos, na medida do possível, bem em casa, mas confinados. Voltar para a escola e continuar confinados dentro de uma sala de aula não é possível. Precisamos olhar para o espaço externo, para as áreas de ocupação que as escolas possuem", defende Gilvania.

Reação e planejamento

Para enfrentar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, foi preciso que os sistemas educacionais ampliassem seus programas a distância, criassem alternativas para populações sem acesso à internet ou mesmo à TV ou rádio, pensassem propostas de apoio psicoemocional para estudantes e professores e intensificassem a comunicação entre escolas e famílias. Na América Latina, essas iniciativas foram reunidas pelo IIPE UNESCO em um documento interativo de sistematização, como parte da resposta à crise oferecida pela UNESCO.

O novo desafio que a comunidade educacional enfrenta agora é o planejamento para a reabertura das escolas. "Hoje nos encontramos em meio a uma pandemia e é preciso atravessá-la, mas também começar a pensar em como sair dela. Devemos nos conscientizar de que não dá para improvisar, é preciso gerir e planificar. Ou planificamos ou seremos escravos das circunstâncias, e perderemos a chance de escolher um futuro mais justo para todas as pessoas", diz Gladys Kochen, coordenadora de Formação do Escritório para a América Latina do IIPE UNESCO.

O debate completo, que conta com compartilhamento de experiências e avaliação de modelos estudados para volta às aulas, pode ser acessado na página do IIPE UNESCO, Escritório para a América Latina.


Sobre o Sesc
O Sesc - Serviço Social do Comércio foi criado com objetivo de proporcionar bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus familiares. Mantido pelos empresários do setor, atua nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, promovendo atividades que oferecem ao seu público a possibilidade de autonomia e desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Atua em todos os segmentos da Educação Básica - da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos - e em projetos de Educação Complementar, colocando o estudante no centro do processo de ensino, com objetivo de favorecer o autoconhecimento, instigar o pensamento crítico e a autonomia intelectual, estimular a criatividade e o uso de novas tecnologias. Neste período de distanciamento social, o Sesc tem utilizado ambientes virtuais para levar aos estudantes as mais diversas atividades e disponibilizado documentos e e-books, como forma de auxiliar os processos de aproximação da família com a escola durante este período.

Ensino virtual é desafio para pais e alunos

Reclamações vão desde problemas de conexão à falta de habilidades com a tecnologia para entender o assunto

↑ Víctor de Oliveira se sente intimidado em interagir, mas tem correspondido aos desafios, segundo o pai (Foto: Edilson Omena)

Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a rotina escolar de crianças, adolescentes e adultos teve que ser mudada. No início, em Alagoas, a alternativa foi suspender as aulas. Depois, sem data para retomada das atividades presenciais, as aulas voltaram por meios remotos. No entanto, para grande parte dos alunos e pais não está sendo fácil.

Maria Lúcia Ricardo, mãe de Vinícius Ricardo, 13 anos, aluno do 7° ano de uma escola particular de Maceió, conta que o filho tem algumas dificuldades.

“A maioria dos segmentos teve que se reinventar. E por ser novidade, existem algumas dificuldades. As aulas remotas são desafios diários: é a aula que trava, é o barulho dos colegas ao perguntar ou responder algo para o professor, é a dificuldade de conseguir o acesso a aula – permissão para participar”, conta Maria Lúcia acrescentando que  os desafios também são enfrentados principalmente pelos pais, que devem conseguir transmitir de uma forma mais clara o conteúdo para os filhos, quando eles não conseguem assimilar na aula online.

A mãe de Vinícius diz ainda que ele reclama quando a aula trava e dificulta o entendimento do conteúdo. Assim como, quando tenta falar algo para o professor e não consegue ser ouvido, por conta dos outros colegas que também estão tentando falar.

Ela explica que entende que a escola vem buscando se adaptar a esse novo cenário e utiliza todas as ferramentas de comunicação possíveis.

“Há professores que possuem uma facilidade maior em transmitir o conteúdo e ser entendido, mesmo em tempos de aula remota. Por outro lado, há assuntos que, por si só, são mais densos e difíceis de serem transmitidos. O que seria mais fácil, se fosse ministrado presencialmente, e o aluno pudesse questionar o professor e levantar suas dúvidas. Nós pais devemos reconhecer que existe um esforço muito grande, por muitos professores, ao preparem videoaulas, uma vez que, muitos deles não tinham familiaridade com a tecnologia’’, diz.

Os pais de Víctor Silva de Oliveira, 11 anos, aluno do 6° ano de uma outra escola particular na capital, Adriana de Oliveira e Herrison Antônio de Oliveira também relatam as dificuldades. Para eles, seria a falta de disciplina de estudo e de intimidade com esse modelo de ensino-aprendizado.

“São vários problemas, desde a conexão à falta de habilidades tanto dos professores quanto dos alunos com esse novo meio. Não há parâmetros pra medir a eficiência dessa forma de ensino. As aulas são cansativas, maçantes, na opinião dele. Sente-se intimidado em interagir, não consegue se entusiasmar. É o outro lado da moeda. A internet costuma ser um meio de entretenimento mais do que aprendizado formal, propedêutico. Mas ele tem correspondido aos desafios. Falta só um pouco mais de entusiasmo’’, conta o pai.

Assim como Maria Lúcia, Henrisson e Adriana também avaliam que a escola e os professores estão tentando se adaptar. “Eles têm se esforçado muito. Mas há muito o que se fazer, principalmente ante a uma realidade tão inesperada. Mas estamos sossegados por acreditarmos no empenho e no compromisso da escola. Os professores parecem viver um dos maiores desafios profissionais. É o que se pode dizer: têm que se reinventar. Vivem a insegurança de produzir um trabalho para o qual não foram exatamente preparados. Mas são dedicados e comprometidos e isso é bom”.

“A palavra de ordem é reinventar’’, afirma coordenadora pedagógica

Para os professores,  a palavra de ordem é reinventar, disse a coordenadora pedagógica geral do Colégio Santíssimo Senhor, Polyana Alécio.  De fato,  muitos deles precisaram lidar com situações que não estavam acostumados, como gravar vídeos ou dar as aulas online. Mesmo com essa nova rotina de trabalho, estão atentos às novas tendências da educação.

Polyana Alécio pontua que o momento está sendo um grande desafio e pegou todos de surpresa. “Mudou radicalmente tudo o que tínhamos planejado para 2020. O colégio buscou e busca o tempo inteiro se reinventar e acompanhar, da melhor maneira possível todas as situações que envolvem este momento. A nossa maior preocupação é sempre com o desenvolvimento e o aprendizado de nossos alunos. Temos uma equipe preparada para atender os alunos e as famílias, da melhor maneira possível’’, ressalta.

Polyana diz ainda que, entre as dificuldades, a principal delas está ligada ao acesso dos alunos à tecnologia, ou mesmo à internet, mas as famílias estão dedicadas e buscando se adequar.  E relata que é extremamente importante, a parceria com as famílias, que têm tido papel fundamental em todo este processo, porque no momento, os professores se tornaram mediadores e os familiares estão em casa acompanhando cada passo dos alunos.

A profissional conta que no começo as dificuldades eram maiores, tanto para alunos e familiares quanto para os professores e toda a equipe, mas agora todos estão melhor adaptados e mais tranquilos.

“É uma situação atípica e precisamos, realmente, nos adaptar. Foi preciso modificarmos todo o planejamento para que as aulas remotas fossem adequadas a esta nova realidade e os alunos tivessem um melhor aproveitamento. A equipe pedagógica está sempre fazendo encontros para tratar sobre os ajustes do planejamento e esse novo formato. Os nossos alunos são tratados de maneira individualizada, quando necessário. É importante frisar que esse momento requer cuidados relacionados ao emocional e que estamos atentos aos nossos alunos, professores e familiares’’.

SINPRO

O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro-AL), diz que os desafios encontrados por todos os professores, instituição e alunos são inúmeros, desde a montagem da aula online até o contato direto com as plataformas utilizadas. E os profissionais estão com sobrecarga de trabalho.

“É um espaço que antes não era conhecido pelos docentes. Além disso, têm as dificuldades de cobranças. Muita gente quer que seja reproduzido o que seria em sala de aula presencial, e isso é impossível. Essas aulas estão de forma remota e as instituições estão fazendo o mais parecido possível com o presencial. Muitas dessas aulas ficam gravadas porque às vezes o aluno não consegue entrar no horário. Até porque têm os casos de ter dois ou mais irmãos em casa. Ou seja, é tudo muito novo’’, comenta o professor Fernando Cedrim, presidente em exercício do Simpro/AL.

Cedrim conta ainda que existe relatos de professores que estão mais ansiosos e que de fato aumentou a carga de horário. “Tem professor que está trabalhando o dobro e até o triplo do que trabalhava antes, porque o tempo para fazer o planejamento dessas aulas são maiores. Eles têm que preparar material escrito, online, vídeos – se gasta muito tempo. E muitas vezes em locais que não têm o silêncio necessário e as adequações. E muitas vezes os pais acompanham e sente as dificuldades também. Tudo foi feito de forma imediata. Algumas instituições passaram até um certo período, até conseguíamos fazer essa adequação. Os professores trabalham em seu horário, mas antes tinha professor tirando dúvidas 10h da noite, imagine? Ele tem que cumprir no horário que ele tinha na instituição, isso cessou um pouco, mas a sobrecarga ainda é grande’’.

O presidente diz que teme por conta da ansiedade que pode causar as doenças ocupacionais. “Os professores estão mais tensos. Muitas instituições fazem cobranças excessivas justamente por esse momento novo. Os pais não querem pagar a mensalidade, o que acaba prejudicando as escolas – que atrasam os docentes e vem a incerteza do emprego. É muito difícil. É um momento que todos têm que se unir e vencer esse momento para quando voltarmos conseguir ter o mínimo de prejuízos”.

6

Fonte: Tribuna Independente / Texto: Lucas França

Alunos têm até domingo (14) para se inscreverem em cursos profissionalizantes EAD

São 8.400 vagas para alunos da 3ª série do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos

Compartilhe:

  • Facebook
  • Twitter
Os cursos serão à distância, com carga horária que varia de 160 a 200 horasOs cursos serão à distância, com carga horária que varia de 160 a 200 horasValdir Rocha
 
Texto de Karyne Gomes
 

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está com inscrições abertas para cursos profissionalizantes de formação inicial e continuada (FIC) para os estudantes da rede estadual que estejam cursando a 3ª série do ensino médio ou a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os cursos são de curta duração. Os interessados podem se inscrever até domingo (14) pelo site http://sigepro.educacao.al.gov.br/selecao/. O edital está disponível no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 28 de maio.

Os cursos são do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Bolsa Formação na Ação BF Novos Caminhos TD FIC e as  8.400 vagas estão distribuídas em 21 cursos FIC com carga horária que varia de 160 a 200 horas: Inglês Básico, Espanhol Básico, Agente de Projetos Sociais, Operador de Telemarketing, Assistente Administrativo, Assistente de Recursos Humanos, Agente de Inclusão Digital em Centros Públicos de Acesso à Internet, Instalador e Reparador de Redes de Computadores, Programador de Dispositivos Móveis, Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão, Encanador Instalador Predial, Almoxarife de Obras, Editor de Vídeo, Fotógrafo, Agricultor Orgânico, Agente Cultural, Piscicultor, Bovinocultor de Leite, Cerimonialista, Condutor de Turismo em Espaços Culturais Locais e Organizador de Eventos.

Os candidatos só poderão fazer a inscrição para um único curso, de acordo com a ordem de inscrições. Após a conclusão do procedimento, não será possível fazer alterações.

Para ter acesso aos conteúdos, as aulas serão ministradas em ambiente virtual na plataforma http://ead.educacao.al.gov.br/.

Já o resultado preliminar está previsto para ser divulgado no dia 15 de junho. Para obter mais informações sobre o processo seletivo é só acessar o edital, que está disponível no site da Seduc (www.educacao.al.gov.br) e na edição de 28 de maio do Diário Oficial do Estado de Alagoas (www.imprensaoficialal.com.br), páginas 25 a 27.

Como se inscrever –  Confira abaixo o passo a passo para efetuar sua inscrição nos cursos:

Entrar no site: http://sigepro.educacao.al.gov.br/selecao/;

Selecione a opção “Aluno”;

Informar qual curso pretende realizar;

Preencher todos os dados cadastrais: nome completo, RG, CPF, nome dos pais ou responsáveis(completo), e-mail, número da Carteira de Trabalho e Previdência Social, endereço, bairro, estado, cidade, dentre outros;

Preencher os títulos.

Pronto! Sua inscrição está efetuada com sucesso.

 Outros resultados - O resultado preliminar da seleção para professor EAD do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e bolsa- formação já se encontra disponível no site (http://sigepro.educacao.al.gov.br/selecao/).

Entidades repudiam intervenção de Bolsonaro nas universidades federais

 

MP 979 permite ao ministro da Educação escolher reitores temporários nas federais durante o período de pandemia

 

Oito entidades – UNE, Ubes, ANPG, Andes, Proifes, Sinasefe, Fasubra e Fenet – divulgaram uma nota conjunta em protesto contra a nova intervenção do governo Jair Bolsonaro nas universidades federais. Na surdina, o presidente publicou nesta quarta-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória (MP) 979/2020, que permite ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, escolher reitores temporários nas federais durante o período de pandemia.

“Nós, entidades da Educação, legitimamente constituídas para representar professores, técnicos-administrativos e estudantes, repudiamos tal ação e faremos todo o possível jurídica e politicamente para que a MP seja imediatamente suspensa e declarada inconstitucional”, afirma a nota. “’Não ao autoritarismo!”, agregam as entidades.

Confira a íntegra

Nota de repúdio das entidades da educação à MP 979/2020 que trata da indicação dos reitores pró-tempores

O governo federal edita uma medida provisória que trata da escolha de reitores e reitoras das Universidades, Institutos Federais e Cefet. A MP determina que “não haverá processo de consulta à comunidade, escolar ou acadêmica, ou a formação de lista tríplice para a escolha de dirigentes das instituições federais de ensino durante o período de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19”.

Com essa MP o governo, através do Ministério da Educação, explicitamente faz uma opção pela intervenção federal nas instituições de ensino, aprofundando a já combalida democracia em nosso país e afrontando, mais uma vez, o artigo 207 da Constituição Federal de 1988, que assegura as instituições públicas a autonomia.

Como medidas anteriores, essa é mais uma medida monocrática, sem diálogo com as instituições de ensino, entidades representativas dos segmentos da comunidade acadêmica e que explicita o entulho autoritário da ditadura militar. A alternativa para a escolha de reitores, nesse momento de pandemia, deve ser definida pela comunidade acadêmica em suas instâncias deliberativas internas as instituições de ensino.

Nós, entidades da Educação, legitimamente constituídas para representar professores, técnicos-administrativos e estudantes, repudiamos tal ação e faremos todo o possível jurídica e politicamente para que a MP seja imediatamente suspensa e declarada inconstitucional.

Não ao autoritarismo!

Em defesa da Autonomia Universitária!

Em defesa das Instituições de Ensino Superior Público do Brasil

#DevolveMP979

Assinam a nota: UNE, UBES, ANPG, ANDES, PROIFES, SINASEFE, FASUBRA, FENET

Literatura: O torturador que diz não temer a verdade (Parte 2)

LITERATURA

Por Fernando Soares Campos  0

 

 

oje me enchi de disposição e resolvi “traduzir” mais alguns rascunhos que rabisquei em dezenas de folhas de papel, enquanto alimentava a esperança de localizar o sargento Túlio, ex-companheiro de bordo no Submarino Bahia – S12 –, no final dos anos 1960 e início dos 70; na época, provável agente do Cenimar. Acabei encontrando-o. Está tudo registrado nessa papelada. Mas, enquanto tento entender os rascunhos que tratam do meu encontro com ele, o que aconteceu de forma “cinematográfica”, preciso, antes, contar determinado episódio ocorrido após minha saída da Marinha.

***

Em 2008, a presidenta Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, falou que se orgulhava de ter mentido sob tortura, quando foi presa no final dos anos 1960, por fazer parte de grupo insurgido contra a ditadura civil-militar. “Me orgulho de ter mentido, o que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros. Aguentar tortura é dificílimo”, disse a ministra.

É preciso coragem para mentir àqueles que estão tentando lhe arrancar informações sob tortura, há que se ter talento para convencer os algozes. Até porque os gorilas, provavelmente, não acreditam nem mesmo quando o torturado está falando a verdade. Evidente, pois devem imaginar que a vítima está apenas querendo se livrar dos suplícios. Coragem ainda porque, se eles acreditarem no que lhes foi dito e em seguida descobrirem que foram enganados, o interrogado certamente será submetido a tratamento ainda mais violento.

Assim como a militante Dilma Rousseff mentiu no momento da apuração dos fatos e formação do processo judicial que viria a condená-la por participar de ações contra o regime ditatorial, eu também, em 1974, menti para os inquisidores de uma auditoria militar, prestei falso testemunho, com o propósito de livrar um amigo que se encontrava preso, enquadrado na Lei de Segurança Nacional, acusado de desacato à autoridade de um oficial da Marinha de Guerra e suspeito de participar de ações contra o modelo político-ideológico vigente.

Clique Aqui e veja a parte 1 deste artigo

LUTA PARA VENCER A COVID-19 EXIGIRÁ EQUILÍBRIO, SERENIDADE E RESPEITO ÀS ORIENTAÇÕES

O SINTEAL, neste quadro de vigência do decreto de emergência e de enfrentamento à Pandemia Global do Covid 19, cobra responsabilidade e sensatez às autoridades, ao tempo em que também se posiciona e orienta as/os profissionais em educação para que busquem o equilíbrio e a serenidade necessários que garantam a atuação profissional, seja em teletrabalho nas plataformas digitais ou garantindo as condições para que os estudantes e suas famílias sejam acolhidos respeitosamente.

Teremos, ainda, pela frente muitas semanas que estarão a exigir de todas/os nós o máximo esforço psicológico e pessoal para vencermos este longo período de isolamento social. Haveremos de vencer esta batalha. E a informação nas orientações que se fazem necessária necessárias é de extrema importância nessa caminhada em defesa da vida e da saúde. #sintealnaluta #covid_19 #fiqueemcasa

 

 27 de maio de 2020

CNM pleiteia medida excepcional para evitar ajuste negativo no Fundeb

InternetRs=w:350,h:263,i:true,cg:true,ft:cover?cache=trueIlustração - Fundeb

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) pleiteia que o governo federal adote, neste ano, medidas excepcionais em relação ao ajuste a débito nas contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A solicitação foi encaminhada ao Ministério da Educação (MEC) nesta sexta-feira, 24 de abril.

Preocupada com o impacto financeiro negativo nas contas municipais decorrente do possível ajuste, a entidade pede uma ação emergencial, diante do cenário de enfrentamento à Covid-19, para contornar a situação. Publicado anualmente no mês de abril, o ajuste – previsto na Lei 11.494/2007 – consiste na diferença entre os valores da receita estimada do Fundo e da receita consolidada no ano anterior.

 
PUBLICIDADE

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, decidiu se antecipar e solicitar que o governo federal adote medidas excepcionais em relação ao ajuste nas contas do Fundeb para impedir um colapso na gestão da educação e nas finanças municipais, em razão dos efeitos da pandemia da Covid-19.

O ajuste, se ocorrer neste momento, afetará os nove Estados do país que recebem a complementação da União no Fundeb: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará, Pernambuco e Piauí.

Santana Oxente:: O MAIOR PORTAL DE NOTÍCIAS DO SERTÃO ALAGOANO

oxente_santana69@hotmail.com
www.santanaoxente.net

Newsletter

Receba noticias em primeira mão. Assine nossa Newsletter