EMPURRANDO COM A BARRIGA
Este título nos remete a um ditado popular bastante expressivo e que nos faz meditar sobre um dos problemas que considero dos mais angustiantes para o progresso pessoal e para o desenvolvimento do país. As pessoas, de um modo geral se acostumaram a sempre deixar para depois soluções das mais importantes para as suas próprias vidas. Eu me acostumei da sempre pregar que “não deixo para amanhã o que posso fazer anteontem”. Dizem alguns que o “apressado come cru” e que as coisas feitas com calma trazem uma possibilidade maior de acerto. Não acho. O que penso é que se pode agilizar organizadamente, com planejamento e aí, sim, tudo tende a dar certo e a não acumular problemas. O acúmulo é que leva à imperfeição ou à necessidade de voltar ao ponto de partida para corrigir os erros da pressa não construída.
No serviço público, principalmente, as pessoas, nem todas, deixam que as coisas não aconteçam à sua volta, que a morosidade faça parte da função e aí os resultados são desastrosos. Evidentemente que não estou falando com generalidade porque existem gestores e gestores. Os que se esmeram em equilibrar as ações e os que deixam para lá o que já encontraram atrasado. E com isto geram mais atrasos, mais desequilíbrios e o resultado é o que se espera com negativismo por todos os lados. A questão, por exemplo das inundações, as pessoas deixam para hora em que elas acontecem para realizar ações que poderiam e deveriam ser feitas preventivamente possivelmente evitando uma boa parte do transtorno populacional. Os grandes edifícios, sobretudo os mais antigos, não possuem escadas de incêndio e podem ser atingidos por tragédias incalculáveis com perdas de vidas e bens materiais. Mas pouca gente se incomoda em fazer os reparos ou os acréscimos necessários. Outra coisa são os hidrantes nas ruas e que nunca ou quase nunca têm água. Vejam , também por exemplo, o enorme número de ruas nas cidades que não têm pavimentação e nem conservação que, por conta disto, da lama, do lixo e de tudo o mais acabam por serem condutores de doenças as mais diversas no seio da população. Se formos nos aprofundar em tudo o que foi deixado para o amanhã não poderemos parar por aqui. Escreveremos um livro, talvez profundamente cansativo por observar o descaso provocado pelo “depois eu vejo” e pelo “me fala amanhã”. Essas são as frases do atraso, da burocratização, dos desmandos, do aproveitamento para si próprios ao invés de se pensar no bem comum.
Produtividade é o que o Brasil precisa. E isto não se constrói com preguiça ou com atrasos. O nome está dizendo que, para se fazer um país bom é preciso fazê-lo produzir. E muito. Os economistas de plantão sabem muito bem do que estou falando e da importância da produtividade para a estabilização da economia de um país. As atitudes que devam ser tomadas por este ou aquele dirigente são importantes de per si e mais ainda quando fazem parte de um conglomerado de ações que podem estabelecer os rumos da economia de um município, de um estado, de todo um Brasil. Talvez falte a determinados gestores o nível de importância de cada trabalho, de cada gesto, de cada ação para que se construa o senso da coletividade. Da união de todos em favor de todos. Não pode existir o favorecimento aqui ou acolá, mas o objetivo que acabe sendo a meta de todos.
Mas isso tudo acima se constrói com educação de cada um de nós. Com o auto respeito, fundamental para que todos se respeitem uns aos outros. Hora certa é hora certa. Missão é missão. E tudo entrelaçado cria o senso de responsabilidade coletiva de que tanto precisamos. A ocupação de cargos de relevância deve ser construtiva no sentido de realização e não de acomodação.
Sonhar é gratuito. Foi oque fizemos aqui. Falar enquanto podemos, enquanto somos ouvidos ou não. Sem o intuito de mudar nada, mas sempre o de deixar uma sementinha na cabeça de cada leitor. O faço agora porque realmente aprendi a não “empurrar com a barriga” e nem “deixar para amanhã o que poderia ter feito anteontem”.
FOTONOTAS

INÁCIO LOYOLA – Inácio é uma daquelas figuras que lhe conquistam rapidamente. Primeiro por sua esbanjada simpatia e em seguida pela sua competência em tudo o que faz profissionalmente, Além de ser um deputado estadual de relevância e altamente respeitado, Inácio é um historiador de mancheia e quando se dispõe a relatar fatos de nossa história é absolutamente competente e imbatível. Ando com saudades de levá-lo ao Bartpapo, o que sempre é um enriquecimento para o programa e para os que o assistem. Me orgulho de ser seu amigo.

EDÉCIO LOPES – Não poderia deixar de homenagear postumamente quem estará em lugar de destaque em minha estante como “Comenda Edécio Lopes”. Conheci e muito me orgulho daquele conhecimento, daqueles papos, às vezes entre um programa e outro na Difusora de excelentes manhãs. E lamento que seu tempo tenha se esgotado tão rapidamente. No entanto, sua imagem, sua personalidade aí estão em nossas lembranças e no contato que sempre tenho com seu filho Dinho Lopes, um eterno divulgador de sua memória. A partir da Comenda, Edécio você também está eternizado em minhas memórias.
PARE PRA PENSAR (do meu livro do mesmo nome)
A vida é indiscutivelmente a melhor discussão. Discutir a vida nos leva à luz e à razão.
ALERTAS DO DIA
* O mundo deveria ter certeza de que um dia a coisa aconteceria. Que coisa? Essa fantástica, no mau sentido, revolução climática que abala o mundo. Essa terrível mudança que, agora parece mais acelerada do que nunca. As geleiras nos polos derretendo e provocando aumento do nível dos oceanos, a poluição cada vez maior do ar provocando um aquecimento global poderoso e com isso extrapolando as temperaturas em todo o mundo que vê um imenso calor chegar antes do verão, chuvas incríveis inundando cidades, enfim, o que se previa mas se continha chegou!
* Independente das reações climáticas que já chegaram e que não podemos conter o que podemos fazer é tentar minimizar os seus efeitos com ações antecipadas, em relação sobretudo às chuvas intensas. Os desentupimentos das galerias pluviais, por exemplo, será obra do homem, mas que é de enorme importância. A contenção de barreiras é outra coisa que o homem pode agilizar. O que não se pode mais permitir é que antecipações de providências não sejam realizadas e todos nós à espera da catástrofe para chorar sobre o leite derramado, Ou melhor, sobre os leitos dos rios derramados.
* O período natalino se aproxima, as pessoas já estão agitadas pensando em presentes e festas e as promoções pra valer pode-se dizer que começa exatamente hoje porque será realizada a famosa “Black Friday”. Acho interessante que isso aconteça perto do final de ano porque ajuda as famílias a se organizarem em relação às lembranças de Natal, aliás cada vez mais escassas, claro! No entanto, chamo sempre a atenção dos incautos para esses encantos de certas liquidações que matematicamente não perdem. Gradativamente vão subindo seus preços finais e quando chega a hora dão o ilusório desconto. Cuidado, gente!
* Próxima segunda-feira, 27 receberei a honrosa “Comenda Edécio Lopes” que foi proposta pelo vereador Valmir Gomes e aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de Maceió. Infelizmente e já programado anteriormente, no mesmo horário embarco para Fortaleza a fim de participar do Congresso Internacional dos Tribunais de Contas, Serei representado pelo meu filho mais novo, João Marcelo Câmara. Na volta agradecerei pessoalmente a homenagem que vem com o nome do saudoso Edécio, o que, sinceramente muito me envaidece. Seu filho Dinho Lopes deverá estar presente.
POR AÍ AFORA
# O país, irmão e vizinho, Argentina, nossa adversária só no futebol, acaba de eleger um novo presidente cheio de ideias que ainda não sabemos, se boas ou se para aumentar mais o sofrimento daquele povo que não aguenta a pobreza, a altíssima inflação e os horrores de maus governos anteriores. A distância entre o inteligente e o louco acaba sendo pequena e nos dificulta terrivelmente a análise para saber o que serão as consequências de seu governo. O fato é que, em meio a todos os problemas que vivem os argentinos, a esperança pode acabar por ser vitoriosa. Quem sabe?
# Dizem que determinadas coisas precisam realmente de uma revolução, às vezes até ética ou inteiramente contrária às teses chamadas de oficiais. O presidente eleito Melei, desde a campanha vem dizendo que vai acabar com o Banco Central, que vai dolarizar a economia, que vai vender a empresa estatal de petróleo e tantas outras coisas que podem parecer radicais e o são. Acho que o presidente argentino deveria tomar umas aulas com o competente e ainda sábio Fernando Henrique Cardoso e se basear no Plano Real para salvar a economia daquele país.
# O que ele Melei não pode é tentar tomar atitudes muito radicais, como por exemplo, interferir no Mercosul e desejando acabar com essa instituição poderosa na América do Sul. Além de existirem parceiros que não vão concordar existe o fato de que é um fórum de discussões importantíssimo até para uma integração mundial. Por outro lado, sem o Mercosul todo o sistema de importações e exportações dos países componentes acaba por ficar comprometido e o conceito de proximidade e de coletividade internacional sofreria como um todo.
ATÉ A PRÓXIMA
Amanhã, sábado é dia de “BARTPAPO com Geraldo Câmara”. Na BAND, canal 38.1 aberto, NET CLARO, canais 18 e 518, BRISANETE, canal 14, VIVO, canal 519, das 9 às 10h da manhã. Em Arapiraca, 45.1 e OOPS 10. Assista também pelo Youtube no canal “Programas do Geraldo Câmara”. Fale conosco pelo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo Whats’App 82 99977-4399