Na segunda metade do século XX, surgiu em Santana do Ipanema – Médio Sertão alagoano – o modismo de degustar carne de Jabuti, também chamado cágado, nessa região. Com certeza havia por aqui, as duas espécies brasileiras, o jabuti-piranga e o jabuti-tinga. O primeiro é encontrado nas cinco regiões brasileiras, o segundo, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Não sabemos quem foram os primeiros trucidadores dos quelônios, mas havia um comércio restrito aos apreciadores da iguaria. Eles eram capturados na caatinga do Alto Sertão e comprados por alguns mercadores santanenses, geralmente transportados em caçuás. Não havia ainda a proibição de hoje. Pessoas compravam para criar nos quintais por prazer ou para vendas aos apreciadores. Geralmente, os que compravam cágados, gostavam de beber. (Clerisvaldo B. Chagas - Clique Aqui e colabore com a pesquisa

Conheça a pesquisadora

 

Ida Vanderlei Tenório Barros, possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas (1987) e mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2004). Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL – CAMPUS II , em Santana do Ipanema. Tem experiência na área de Aquicultura , com ênfase em Piscicultura, atuando com as seguintes espécies; Tilápia do Nilo, (Oreocrhomis niloticus) e Tambaqui, (Colossoma macropomum). Atualmente é doutoranda no Programa de Pós graduação em Desenvolvimento Territorial e meio Ambiente , da UNIARA – SP , onde está pesquisando sobre a introdução e manutenção do Jabuti/Cágado na alimentação em Santana do Ipanema do ponto de vista biológico e cultural. O objetivo da pesquisa é entender como esse hábito alimentar foi introduzido em Santana do Ipanema e se está sendo passado através da cultura para as novas gerações.