Brasil vence a Suíça pela primeira vez em Copas do Mundo e se classifica às oitavas
Golaço de Casemiro coloca a seleção canarinho na próxima fase da Copa do Catar
Por Gazeta Esportiva28/11/2022 15h28
Casemiro foi o autor do golaço que deu a vitória ao Brasil - Foto: Adrian Dennis / AFP
A seleção brasileira ia empatando sem gols contra uma fechada Suíça na tarde desta segunda-feira, quando Casemiro desencantou e fez um golaço no segundo tempo para garantir o placar de 1x0, na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar, no estádio 974. Com isso, o Brasil conquistou a classificação antecipada às oitavas de final. A partida foi a primeira vitória do Brasil contra a Suíça em Copas do Mundo. Em 1950 as seleções empataram em 2x2 e em 2018 o jogo terminou 1x1.
Sem Neymar e Danilo, lesionados, o técnico Tite escalou Éder Militão e Fred, mas a Seleção teve muitas dificuldades de superar a retranca suíça, com apenas uma chance no primeiro tempo, em belo cruzamento de Raphinha para Vinicius Júnior, que finalizou errado.
Na etapa complementar, depois de iniciar mal e com muitos erros de passe, a amarelinha chegou a marcar em golaço de Vini, mas o VAR anulou por impedimento de Richarlison. Foi somente aos 37 minutos que a bola sobrou para Casemiro, que, em belo chute de trivela, estufou as redes.
Com o resultado, o Brasil é o líder do grupo G, com seis pontos em dois jogos, seguido por Suíça (três), Camarões (um) e Sérvia (um). Na última rodada da fase de grupos, o Brasil enfrenta a seleção africana, enquanto Sérvia e Suíça duelam entre si, ambos os jogos na sexta-feira, às 16h (de Brasília).
O jogo
Primeiro tempo morno
Depois de minutos iniciais de pressão brasileira, Alisson quase comprometeu ao tocar errado em saída de bola, que caiu nos pés do adversário. No entanto, a defesa tirou na sequência. Aos 12 minutos, Paquetá deu belo toque para Richarlison, que foi até a linha de fundo e cruzou procurando Vinicius Júnior, mas a defesa tirou.
Pouco depois, Casemiro fez falta em Embolo de frente para a área, um pouco longe do gol. Na cobrança, a jogada ensaiada acabou não dando certo. A Seleção seguiu tocando na tentativa de chegar ao ataque, com poucos espaços dados pelos suíços. Richarlison teve uma chance na frente de Sommer, mas a bola escapou.
Enquanto isso, a defesa brasileira parecia nervosa, com alguns erros de passe e problemas na saída, principalmente pelo lado direito. Aos 26 minutos, em construção ofensiva, Raphinha recebeu pelo lado direito e fez belo cruzamento para Vini Jr., que finalizou para grande defesa do goleiro, no primeiro chute a gol do jogo. Poucos minutos depois, Raphinha arriscou de fora, mas nas mãos de Sommer.
Aos 38 minutos, a Suíça chegou com perigo pelo lado esquerdo com Rodríguez, cruzando para Vargas, que girou na marcação, e a bola acabou ficando com Alisson. No final do primeiro tempo, o Brasil tentou chegar principalmente pelo alto, em escanteio e, após um rápido apagar de luzes do estádio, o primeiro tempo acabou zerado.
Gol anulado e Casemiro decide
No retorno do intervalo, Tite promoveu a entrada de Rodrygo no lugar de Lucas Paquetá. Aos cinco minutos, em jogada pela esquerda, ele acabou atingido por Rieder, que foi amarelado. Pouco depois, Widmer recebeu lançamento na direita e cruzou rasteiro, para Xhaka, que tentou finalizar, mas Marquinhos travou no carrinho, em chance perigosa dos suíços.
Depois de outro erro de Alisson na saída de bola, quase complicando a defesa brasileira, Vini Jr. recebeu pela esquerda e cruzou colocado para Richarlison, que não chegou dentro da área a tempo. Bruno Guimarães, então, entrou no lugar de Fred.
Aos 18 minutos, Rodrygo ganhou a bola no meio-campo e deixou de calcanhar para Casemiro, que lançou para Vini Jr. na esquerda. O atacante dominou, invadiu a área e chutou na saída de Sommer, abrindo o marcador. No entanto, após análise do VAR, o lance foi anulado por impedimento de Richarlison.
Pouco depois, Vini acabou derrubado bem perto da área por Akanji, do lado esquerdo, mas, na cobrança da falta, a defesa tirou. Até que, aos 37 minutos, Marquinhos abriu para Vini na esquerda, que cortou para o meio e tocou para Rodrygo. O camisa 21 tocou de primeira para Casemiro, que pegou de trivela e mandou uma bomba para o gol de Sommer, que nada pôde fazer.
O Brasil cresceu no jogo e chegou mais uma vez, com Rodrygo, mas o goleiro fez a defesa. O camisa 21 ainda teve outra chance, na frente do gol, mas o chute acabou travado.
Confira os melhores momentos:
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1 X 0 SUÍÇA
Local: Estádio 974, em Doha (Catar)
Data: 28 de novembro de 2022, segunda-feira
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Ivan Barton (El Salvador)
Assistentes: Zachari Zeegelaar (Suriname) e Said Martinez (El Salvador)
VAR: Drew Fischer (Canadá)
Cartões amarelos: Rieder (Suíça); Fred (Brasil)
GOL:
Brasil: Casemiro, aos 38 minutos do 2º tempo.
BRASIL: Alisson; Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá (Rodrygo); Vinícius Jr, Raphinha (Antony) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Tite.
SUÍÇA: Sommer; Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Rodríguez; Freuler, Xhaka, Rieder (Steffen), Sow (Aebischer) e Vargas (Fernandes); Embolo (Seferovic). Técnico: Murat Yakin.
Entrevista de Richarlison ao Olé mostra que ele é o jogador mais politizado do Brasil
Veja o que o astro da seleção canarinho, autor dos dois gols na estreia da Copa, disse ao diário esportivo argentino no ano passado, especialmente sobre Bolsonaro
Por Henrique Rodrigues com Revista Fórum25/11/2022 06h22
Atacante Richarlison é o mais politizado dos jogadores de futebol do Brasil nas últimas gerações - Foto: Reprodução
O atacante Richarlison do Tottenham, da Inglaterra, e da seleção brasileira, autor dos dois gols que deram a vitória à canarinho na estreia da Copa do Mundo do Catar, contra a Sérvia, nesta quinta-feira (24), é de longe o mais politizado e consciente jogador de futebol desta geração no país.
Com 25 anos, o descontraído e engraçado futebolista, que também se notabilizou por seu jeito simples e pela imitação do pombo quando faz um gol, é uma ilha de consciência política e social dentro de um elenco marcado por superestrelas que só pensam em se gabar de seus milhões de euros, carrões e romances com mulheres famosas.
A percepção geral da sociedade brasileira e até estrangeira para a noção política e intelectual de Richarlison se deu, sobretudo, a partir da pandemia. O atleta foi um ferrenho defensor das medidas de prevenção à Covid-19, cobrou responsabilidade de todos no enfrentamento à mortífera doença e foi um dos mais aguerridos incentivadores da vacina, causa para qual fez inclusive doações robustas.
Numa entrevista concedida ao diário esportivo argentino Olé, em outubro de 2021, o atacante do Tottenham falou sobre vários assuntos, a maior parte deles relacionados ao mundo do futebol, mas deu também extensas e contundentes declarações respondendo a questões sobre política, sobre o governo caótico, extremista e negacionista de Jair Bolsonaro e a respeito de temas complexos, como desigualdade social e cidadania.
Confira o trecho da entrevista ao Olé em que Richarlison aborda esses temas:
Olé - Qual foi o melhor exemplo que seus pais lhe deram?
Venho de uma família que passou por muitas dificuldades, como as famílias da maioria dos jogadores de nossos países. Cresci numa zona da cidade (Nova Venécia) que era bastante complicada, devido à violência, drogas e muitas outras coisas ruins. Meus pais sempre me incentivaram a seguir o caminho certo, mesmo que fosse o mais difícil. Então aprendi a valorizar cada pequena conquista que tive na vida. Também não deixei que as portas que estavam fechadas me fizessem desistir. Quando falhei nas seletivas lá no Brasil, meu pai foi o primeiro a me encorajar e não deixar que eu parasse de tentar. Houve um episódio em que fui rejeitado em um clube em um aniversário, nunca vou esquecer. Foi o pior aniversário de todos. Mas meu pai estava lá para me fazer levantar a cabeça e continuar tentando.
Olé - Você disse que quando era criança vendia balas e sorvetes. Quando você vê um cara fazendo o mesmo, você se vê refletido nele?
Essa é a realidade de muitas crianças da minha cidade e do Brasil. Muitos abandonam a escola e precisam trabalhar para ajudar no sustento de suas famílias. Sempre que vejo uma criança que precisa abandonar a escola, fico com o coração partido. Claro que me vejo refletido neles e sei que poucos terão a mesma sorte que eu de se profissionalizar, de ter me destacado e de atuar e viver na Europa. Muitos se voltarão para as drogas ou terão empregos ruins para o resto de suas vidas porque não terão a oportunidade de se profissionalizar em nada. Em suma, é um problema gravíssimo no Brasil, mas poucos parecem dispostos a realmente resolvê-lo.
Olé - Você faz muitas campanhas de assistência social, qual a maior alegria que te levou a se entregar a isso?
Acho que faço por inconformidade, porque vejo a situação das pessoas e quero tentar mudar alguma coisa. Sei que o que faço é muito pouco para o que eles precisam. Não posso mudar a realidade de todos, mas se eu conseguir mudar a mentalidade das pessoas que podem e não podem ajudar, me sentirei vitorioso. Eu quero ser um exemplo positivo. A maior alegria que tenho é ver o sorriso no rosto das pessoas e saber que fiz algo de bom para alguém. Isso não tem preço.
Olé - Você compartilha de alguma das políticas de Jair Bolsonaro?
Minhas causas não são partidárias. Sou mais apegado a ideias do que a nomes e imagens. Infelizmente, no Brasil faltam políticos que realmente representem e se preocupem com o nosso povo. Se o governante estiver realmente preocupado em dar uma vida digna às pessoas, colocar comida na mesa, proporcionar acesso à educação, gerar empregos, proteger o meio ambiente e melhorar a saúde do meu país, vou aplaudi-lo e apoiá-lo. Se não, serei o primeiro a criticar e apontar o dedo. E duvido muito que hoje um cidadão brasileiro possa aplaudir, com tudo que aconteceu por lá. À medida que os preços, a inflação, a fome e o desemprego disparam, muitos políticos estão preocupados com suas próprias causas. E são sempre os mesmos, fazendo as mesmas coisas. As pessoas devem estar cientes de que, se não mudarem a escolha de seus representantes locais para o Presidente da República, tudo continuará como está. O poder está em nossas mãos na hora de votar e escolher quem vai nos representar. A maioria é soberana, mas precisa mesmo ter esse desejo de mudança e fazer fortes cobranças aos seus escolhidos.
Olé - Você contou um episódio difícil quando uma arma foi apontada para você quando criança. Que impacto essa situação teve em sua vida? Isso ajudou você a ser mais resiliente diante da adversidade?
Isso me mostrou que eu não queria estar em nenhum dos lados dessa arma. Nem do lado que está ameaçado, nem do lado que poderia ter matado alguém. E toda vez que alguém me pergunta se eu tenho medo de alguma coisa, eu me lembro desse episódio. Qual é a coisa mais assustadora que pode acontecer na vida de alguém? Só se o cara puxar o gatilho... Mas provavelmente eu não estaria aqui para contar essa história. Desde então eu sabia que queria uma realidade diferente para mim e minha família. Acho que me deu ainda mais força para lutar pelos meus objetivos e ter uma vida melhor. Graças a Deus eu tenho.
Prefeitura de Santana do Ipanema montará estrutura com telão para os jogos da Copa do Mundo
Será montado um espaço temático com tenda, cadeiras e um telão na Praça Dr. Adelson Isaac de Miranda para os jogos da Seleção Brasileira.
Por Redação
21/11/2022 -
14:18h
A Prefeitura de Santana do Ipanema anunciou que terá um espaço temático na Praça Dr. Adelson Isaac de Miranda para quem quiser acompanhar os jogos do Brasil na Copa do Mundo do Catar. Serão montados uma tenda, cadeiras e um telão.
Os santanenses terão um ponto de encontro e local de confraternização da torcida do Brasil. “Chama a galera e vamos torcer juntos pelo hexa do Brasil”.
Nesta primeira fase, a chamada fase de grupos, os jogos do Brasil acontecerão todos no período da tarde. A estreia do Brasil será contra a Sérvia às 16h do dia 24.
Micro-ônibus com time de futebol adolescente capota em São José da Tapera
Assessoria|
Foto: Cortesia
O micro-ônibus que transportava a equipe de futebol sub-15 da, Liga do Sertão para São Miguel dos Campos, em Alagoas, tombou nas proximidades do municípios de São José da Tapera, na manhã deste domingo (13).
De acordo com as informações, o acidente deixou jogadores feridos, mas todos já foram liberados. De acordo com a Federação Alagoana de Futebol (FAF), "alguns atletas foram atendidos ainda no local, enquanto outros precisaram ir até o hospital em São José da Tapera".
A equipe estava se deslocando para São Miguel dos Campos para enfrentar o time do Santa Cruz, em jogo válido pela 3ª rodada do Campeonato Alagoano Sub-15.
Em nota, a FAF lamentou o acidente e desejou pronta recuperação aos atletas. A federação afirmou também que "desde já prontifica-se à disposição de todos os envolvidos no acidente e vai buscar mais detalhes para entender o ocorrido",
A partida, que aconteceria durante a tarde, foi suspensa.
Pela primeira, Belo Monte, no Sertão alagoano, sediou a solenidade final, em Alagoas, da 29ª edição do Rally dos Sertões.
A decisão aconteceu após os organizadores do evento serem alertados que a forte chuva que caiu na região sertaneja de Alagoas e Pernambuco comprometeu o percurso entre Arapiraca (AL) até Tamandaré (PE), onde deveria acontecer o encerramento.
Diante do fato, a nona etapa do certame que também iria ocorrer neste domingo, 22, foi cancelada.
Segundo o Secretário de Turismo de Tamandaré, Robson Cavalcanti, a mudança não foi vista como frustração. “Não fica frustração. Não há nada negativo. Desde o começo, sabíamos do roteiro e que a prova terminaria a 12 quilômetros do Forte (Santo Inácio de Loyola). Então Tamandaré sempre foi vista como local de entrega de premiação e chegada dos pilotos, mas a prova em si não terminaria dentro da cidade”, disse o secretário.
Na etapa final Alagoas, Belo Monte foi escolhida por se enquadrar nos critérios da competição.
O competidores foram recebidos pelo prefeito Dalmo Augusto de Almeida Junior (PTB), que ao lado das secretárias de Turismo Jad Lays Monteiro e de Juventude, Esporte, Lazer e Cultura Rosana Gomes receberam os campeões da modalidade quadriculo, o argentino Manuel Andujar e de carros, Cristian Boumgart e Beco Andreotti.
O Rally dos Sertões 2021 teve início no dia 13 de agosto, percorrendo seis estados do Nordeste e mais de 3.500 quilômetros entre as etapas.
Com o Maracanã e o Nilton Santos cedidos à Conmebol para a disputa da Copa América, o mais tradicional clássico carioca, o Fla-Flu teve um sotaque paulista neste domingo. A Neo Química Arena foi o palco da vitória tricolor, por 1 a 0, no duelo de número 434 da história entre os clubes. Com a vitória na nona rodada do Campeonato Brasileiro, o Flu sobe sobe seis posições, agora é sétimo, com 13 pontos, enquanto o Fla, com 12, é o oitavo.
À vontade na capital paulista, o Flamengo se sentiu em casa no estádio do Corinthians. Com o controle da posse de bola, empilhou chances ao longo do primeiro tempo. Com ótima atuação de Luccas Claro e Nino, o Tricolor, à espera do contra-ataque perfeito, resistiu bem a pressão. Marcos Felipe, exigido nas finalizações à queima-roupa de Bruno Henrique e Michael, contou com a sorte na cabeçada de Gustavo Henrique, que explodiu no travessão, após o cruzamento de Vitinho.
Mesmo isolado, Fred teve uma boa chance de cabeça, defendida sem muito esforço por Diego Alves, mas foi Caio Henrique, com muita movimentação e velocidade, que incomodou mais a defesa do rubro-negra, que contou com Rodrigo Caio ao lado de Gustavo Henrique. De volta ao meio de campo, Willian Arão se destacou pela eficiência no desarme e agilidade na saída de bola, principalmente acionando Michael, outro que infernizou a defesa tricolor.
O panorama de domínio do Flamengo não se repetiu no segundo tempo. Roger Machado foi assertivo nas mudanças. A entrada de Nenê, Lucca e Luiz Henrique mudaram a dinâmica tricolor, que, com uma postura mais agressiva, não apenas equilibrou as ações ofensivas, como teve chances reais de abrir o placar. Com duas difíceis defesas, nas finalizações de Luiz Henrique e Lucca, Diego Alves evitou o pior.
Muito seguros, Nino e Luccas Claro deram conta do recado e administraram a pressão do Flamengo, limitado pela péssimo desempenho técnico de Bruno Henrique, que errou quase tudo o que tentou. O castigo veio quase nos acréscimos e merecida. Nenê iniciou a jogada, que terminou com a assistência de Luiz Henrique, que rolou para André, livre de marcação, fazer o gol da vitória, aos 45 minutos.
FLAMENGO X FLUMINENSE
Local: Neo Química Arena
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Gols: 2º tempo – André (45 minutos)
Cartões amarelos: João Gomes e Vitinho; Nino
Cartões vermelhos: –
Público: Jogo com os portões fechados
Flamengo: Diego Alves, Matheuzinho, Gustavo Henrique, Rodrigo Caio e Filipe Luís; William Arão, João Gomes (Rodrigo Muniz) e Vitinho (Thiago Maia); Michael (Max) Bruno Henrique e Pedro. Técnico: Rogério Ceni.
Fluminense: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; Yago, Martinelli (André) e Cazares (Nenê); Caio Paulista (Luiz Henrique), Gabriel Teixeira (Kayky) e Fred (Lucca). Técnico: Roger Machado
Ex-lateral da seleção brasileira visitou instalações da Adefal e deu detalhes sobre projeto social em Olho d’Água das Flores
Por Wellington Santos com Tribuna Independente20/05/2022 07h09
Cafu, ex-lateral direito da seleção brasileira pentacampeã do mundo, é cumprimentado por senhor em visita à Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, ontem - Foto: José Vanderlei
Na terra da Rainha Marta, Cafu também quer ser rei. Sorriso largo para atender aos pedidos de selfies intermináveis dos fãs, mas a simpatia (e paciência) sempre presente no rosto. Assim foi a recepção ao ex-jogador Cafu, nesta quinta-feira (19), na sede da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal).
O ex-lateral direito da seleção brasileira é aquele mesmo que se notabilizou com o gesto memorável na conquista da Copa do Japão e Coreia do Sul, em 2002, e emocionou-se ao levantar a taça e fazer uma declaração de amor à sua esposa Regina.
Naquela ocasião, Cafu mostrou a sua camisa com a inscrição “100% Jardim Irene”, local onde cresceu com muitas dificuldades.
O mundo aplaudiu de pé.
Com sua história inspiradora, Cafu veio a Alagoas numa parceria com o Instituto Crescer com Alta Performance – ICAP - visitar e conhecer a sede da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, onde participou de um bate-papo como os atletas da instituição e foi agraciado com a placa “Amigo da Adefal”.
Na ocasião, Cafu destacou o projeto social em que é embaixador, chamado “Cafuzinhos do Sertão”, localizado no município de Olho d’ Água das Flores.
RECEPÇÃO MUSICAL
Em outro momento, Cafu foi recepcionado com uma apresentação musical das crianças do serviço de reabilitação intelectual da instituição.
Ele ressaltou o trabalho que é feito com crianças, jovens e adultos, cuja palavra de ordem é superação: “Estou encantado com o projeto aqui na Adefal, porque aqui também vão sair e já saíram paratletas que se notabilizaram nacional e internacionalmente e venceram na vida. Portanto, esse trabalho feito aqui é um exemplo e espelho para todas as pessoas, porque representa superação”, ressaltou.
Ex-lateral dá detalhes de ação social em Olho d’Água das Flores
Cafu aproveitou para falar também sobre seu projeto piloto “Cafuzinhos do Sertão”, localizado no município de Olho d’Água das Flores, implantado nos rincões de onde também surgiu o fenômeno alagoano Marta. O projeto social tem intuito de ofertar oportunidades a crianças pobres a se desenvolverem através do esporte.
“São cinco meses de projeto em um povoado para integrar crianças através do esporte para que se integrem à sociedade por meio do esporte. Implantamos esse projeto em lugar que ninguém viu e onde ninguém vai, mas que já deu muitos frutos. Eles não tinham alimento e nem chuteiras. Hoje eles têm alimento e chuteiras e uma cesta básica de dois em dois meses. É absurdo que crianças ainda passem fome no sertão”, disse o ex-lateral da seleção.
“Não estamos formando jogadores de futebol, estamos formando cidadãos”, completou.
SOCIAL
Sobre questões relacionadas a projetos semelhantes ao que está implantado em Olho d’Água das Flores, Cafu foi muito além das quatro linhas.
Fiel às origens onde viveu deste a infância, no mesmo ano em que o Brasil foi pentacampeão, abriu as portas da Fundação Cafu - com o projeto “Alimentando Sonhos”, um time em que todos são craques na inclusão social e no apoio educacional. Na liderança está Marcelo Evangelista de Moraes, irmão mais velho de Cafu. Silvia Abranches é a diretora. À frente da coordenadoria pedagógica está Daniele Jesus, e Flávia Alves é a coordenadora social.
“Queria, também, mostrar para as crianças e para os meus amigos do Jardim Irene que, mesmo longe eu nunca iria fugir das minhas origens. Mostrar para eles que Deus me deu a oportunidade de ter uma outra condição de vida. E que essa condição de vida outros poderiam ter também se trabalhassem e seguissem o caminho certo”, completou.
"Acredito muito que o Brasil esteja preparado para ser campeão”, afirma
Marcos Evangelista de Morais, conhecido popularmente apenas como Cafu, foi um dos mais importantes jogadores de futebol do Brasil, tendo sido o recordista com maior participação em Copas do Mundo pela seleção. Sobre isso o ex-jogador não hesitou em falar quando foi perguntado pela Tribuna Independente sobre a atual seleção brasieira que vai à Copa do Mundo do Catar, que será realizada entre novembro e dezembro deste ano.
“Sou sempre otimista quando se fala em seleção. Há muito tempo não tínhamos uma seleção que se classificasse com seis jogos de antecedência. Acredito muito que o Brasil esteja preparado para esta Copa e tem tudo para ser campeão”, destacou Cafu.
HALL DA FAMA
Esta não é primeira vez que Cafu vem a Alagoas. Em janeiro, o ex-jogador já tinha deixado a marca dos pés no Hall da Fama do Estádio Rei Pelé, em Maceió. Além de receber a homenagem, o capitão do penta participou também do lançamento de uma campanha da Associação AME, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica.
Aos 51 anos, entrou para um seleto grupo do Hall da Fama, que tem Marta, Carlos Alberto Torres - capitão da Seleção na Copa do Mundo de 1970, e o próprio Pelé.
A história de Bia: O legado que as atletas brasileiras deixam vai além das olimpíadas
Assessoria|
Marta, uma jogadora de futebol alagoana que faz parte da seleção brasileira feminina. Ela foi eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e foi às Olimpíadas de Tóquio em busca com as outras jogadoras do tão sonhado título olímpico. Infelizmente não deu, mas o legado que estas atletas deixam vai muito além dessa competição.
A jogadora brasileira é inspiração para a nova geração de meninas que se apaixonam pelo futebol, a exemplo da Anna Beatriz Gomes, a Bia, de 12 anos de idade, que assim como Marta é alagoana. Essa paixão pelo futebol começou quando ela tinha aproximadamente quatro anos. “Quando eu brincava de bola com a minha avó Lourdinha e acompanhava meu pai nos seus jogos, aguardava ansiosa pelo final da partida para brincar de bola com ele no campo, onde dei meus primeiros chutes, passes e toques. Me encantei com o esporte, pois para mim ele representa muita união e trabalho em equipe. É o lugar onde eu realmente me sinto feliz. Para mim, esporte não tem gênero, não importa qual seja”, disse a jovem atleta.
Bia reforça que Marta é sua grande inspiração e gosta muito da história de vida da atleta e do incentivo que ela dá às meninas, inclusive para si. “Gosto muito do jeito que ela luta por igualdade. Para minha família ela é um exemplo de humildade e força, por isso, quando eu me encontrei com ela estava tão surpresa e feliz que não conseguia falar uma palavra, foi realmente um sonho, assim quando ela começou a me acompanhar nas redes sociais, parecia que eu ia explodir de tanta felicidade”.
A mãe da Bia, Anna Fernanda, é uma grande incentivadora da filha. É uma menina que respira futebol e fez todos da família viver esse sonho junto com ela. No começo parecia que era apenas uma fase e que por ser tão apegada ao pai queria algo em comum para dividir seus momentos com ele. Mas, a brincadeira foi ficando séria e fomos percebendo que ela tinha recebido esse presente de Deus que é a vocação, o dom de jogar bola como uma menina. Tentei ginástica e outros esportes, entretanto ao descobrir que no intervalo da escola ela jogava com os meninos futebol com bola de papel não deu mais para impedi-la de viver esse sonho”, revelou a Anna.
A mãe da jovem atleta contou que não é fácil lidar com alguns olhares preconceituosos quando se trata de meninas jogando futebol. “Tivemos muitos medos e preocupações por ela ser menina, driblamos várias vezes o preconceito e a falta de apoio e estrutura na cidade onde moramos em relação ao futebol feminino. Hoje não sinto apenas o orgulho por ter uma filha tão habilidosa para o esporte como também ela passou a incentivar muitas meninas, inclusive de outros lugares do País que falam com ela diariamente pelas redes sociais, que se inspiram nela ou que não tem o apoio que ela tem e que sonham em jogar também. E ela sempre tem uma palavra carinhosa e motivadora para todas que procuram ela. Queremos que ela seja feliz, é apenas uma criança mas muito focada e determinada no que quer apesar de não sofrer nenhuma pressão da nossa parte para ser jogadora, pelo contrário, sempre, quase que diariamente falamos para ela que ela continuará enquanto ela quiser no futebol e ela fala que quer continuar para sempre”.
O sonho da Bia é tão grande que ela quer ir além e mesmo nas dificuldades como todos os pais que querem a felicidade de seus filhos, eles tentam dentro do possível ajudá-la. Recentemente, a Bia foi para São Paulo, onde participou de sua primeira avaliação no Centro Olímpico. Ela continua sendo avaliada e precisará voltar para São Paulo em agosto a fim de concluir o processo e saber se entrará ou não para o time.
Um pai orgulhoso, este é o Thiago Lopes! Ele afirmou que estará ao lado da Bia sempre. “Ela e o futebol feminino me tiraram da depressão e tenho uma gratidão profunda por esse esporte. Sinto que além de ajudar minha filha também consigo ajudar outras mães e meninas com o mesmo sonho.
Orgulho muito grande em saber que minha menina tão pequena tem tanta coragem e determinação para lutar por um esporte que ainda é muito preconceituoso em nosso País. Apesar da pandemia ter prejudicado muito o ritmo de treino das pessoas que praticam o esporte, nela surtiu efeito contrário. Treinou ainda mais em casa, no campo do condomínio para não perder o ritmo e eu sempre apoiando e auxiliando no que aprendi e sei sobre o esporte. Sempre falo que o papel dela dentro do esporte vai além do futebol. Futebol é apenas um detalhe. O papel dela e faz com grande maestria é de inspirar outras meninas a fazerem o que amam, independente do que as pessoas irão dizer ou pensar. Um conselho aos pais, não deixem de apoiar seus filhos, pois os que criticam agora, vão aplaudi-la lá na frente”.
Em uma das mensagens enviadas pela jogadora Marta à sua conterrânea pelas redes sociais foi: “A geração futura já está trabalhando incansavelmente, a Bia é um exemplo disso. Deus te abençoe e que seu caminho seja repleto de sucesso”.
AJustiça do Rio de Janeiro determinou que a CBF explique, em até 48 horas, os motivos de não usar o número 24 entre os convocados para a Copa América, que está sendo disputada no Brasil. O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª vara cível da capital, estipulou multa diária de R$ 800 em caso de descumprimento.
A liminar, concedida na última terça-feira, foi pedida pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, que listou cinco questionamentos à CBF:
A não inclusão do número 24 no uniforme oficial nas competições constitui uma política deliberada da interpelada?
Em caso negativo, qual o motivo da não inclusão do número 24 no uniforme oficial da interpelada?
Qual o departamento dentro da interpelada,que é responsável pela deliberação dos números no uniforme oficial da seleção?
Quais as pessoas e funcionários da interpelada, que integram este departamento que delibera sobre a definição de números no uniforme oficial?
Existe alguma orientação da FIFA ou da CONMEBOL sobre o registro de jogadores com o número 24 na camisa?
A seleção brasileira é a única equipe da Copa América que não usa o número 24 entre os convocados. A CBF não se manifestou sobre a ação – também não o fez no questionamento do site “Uol”, que fez reportagem sobre a ausência do 24 entre os convocados da Copa América.
O mês de junho é do orgulho LGBTQIA+ e o dia 28 de junho, na última segunda-feira, foi o Dia Internacional do Orgulho Gay. Alguns clubes brasileiros, como Flamengo, Fluminense, Vasco, entre outros, fizeram manifestações de respeito e apoio à causa. A CBF publicou à meia-noite uma mensagem em suas redes sociais. Veja abaixo:
A ação, do advogado Carlos Nicodemos, do escritório NN Advogados Associados, lembra que a CBF “tem papel preponderante neste debate.” Cita também que recentemente o Superior Tribunal de Justiça Desportiva passou a punir clubes com cantos homofóbicos de torcidas nos estádios.
“É dela a responsabilidade de mudar esta cultura dentro do futebol. Quando a CBF se exime de participar, a torcida entende que é permitido, que é aceitável, e o posicionamento faz com que, aos poucos, esta cultura mude.”
O texto do Grupo Arco-Íris, que lembra reportagem do Esporte Espetacular com pesquisa em diversos clubes brasileiros que também não utilizam o número, cita que o 24 é constantemente, e historicamente, relacionado com o homem gay por conta do jogo do bicho, que associa este número ao veado, animal, que por sua vez, é utilizado como forma de ofensa para a comunidade LGBTI+.
“Sendo assim, o fato da numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica.”
Prefeitura de Santana abre Campeonatos de Futsal masculino e feminino nesta terça (19)
Por Redação/sertaonahora.com.br
19/10/2021 -
10:22h
A Prefeitura de Santana do Ipanema, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Esporte, Lazer, Ciências, Tecnologia e Inovação, abre nesta terça-feira (19), os Campeonatos de Futsal nas categorias Masculino e Feminino.
A abertura será realizada às 19h, na Quadra José Francisco de Andrade com o Futsal Feminino. Às 20h será a vez dos homens entrarem na quadra para abrir a competição masculina.
O Campeonato de Futsal Feminino conta com 12 equipes. A equipe campeã vai faturar R$ 3 mil, a segunda colocara R$ 1,5 mil, a terceira R$ 800 e a quarta R$ 400.
Equipes
Grupo A – As Panteras; Esporte Mais; Estrelinhas; Ipiranga.
Grupo B – OFC Otero; Raça F. C.; Autoridades; Agrovila.
Grupo C – Maravilhense; Quandú F. C.; Fênix; Gravatá;
O Campeonato Masculino também terá 12 equipes. O grande campeão leva R$ 3 mil. Já o segundo colocado R$ 1,5 mil. O terceiro R$ 800 e o quarto R$ 400.
Equipes
Grupo A – Ipiranga; Humildade; Portugal; Lageirense.
As atletas olímpicas do Brasil já conquistaram oito medalhas na Olimpíada de Tóquio, o que representa o melhor desempenho do País na história dos Jogos. Nunca antes as brasileiras subiram em tantos pódios numa mesma edição. Essa façanha histórica foi iniciada por uma garota, Rayssa Leal, que, aos 13 anos, conquistou a prata no skate streer e abriu o caminho para o recorde das mulheres do Brasil.
Rebeca Andrade (duas conquistas na ginástica), Mayra Aguiar (judô), Bia Ferreira (boxe), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Martine Grael/Kahena Kunze (vela) e a dupla de tênis Luisa Stefani e Laura Pigossi também festejaram em Tóquio. A boxeadora Bia Ferreira é a única que não sabe a cor de sua medalha ainda porque ela vai disputar a semifinal, mas já tem o bronze garantido.
O melhor aproveitamento das brasileiras em Olimpíadas havia sido em Pequim-2008, com sete medalhas. Naquela edição, o país festejou pódio com Maurren Maggi (atletismo, ouro), vôlei de quadra (ouro), futebol (prata), Ketleyn Quadros (judô, bronze), Natália Falavigna (taekwondo, bronze), Fernanda Oliveira/Isabel Swan (vela, bronze) e revezamento 4x100m atletismo (Rosemar Coelho Neto, Lucimar de Moura, Thaissa Presti, Rosângela Santos, bronze).
Após a disputa da prova de 10 km, Ana Marcela deu ao Brasil sua sétima conquista nos Jogos de Tóquio. E fez questão de tressaltar a força das mulheres. “Mulher pode ser o que ela quiser, onde quiser e na hora que quiser. O tanto que a gente vem recebendo de ajuda e igualdade representa muito para o desempenho do Brasil”, disse a nadadora. Talvez ela tenha sido a brasileira que mais destacou esse avanço das mulheres no pódio.
Outros recordes foram batidos por mulheres nestes Jogos. Rebeca Andrade se tornou a primeira ginasta brasileira a conquistar o ouro e a primeira atleta do país a ganhar duas medalhas em uma única edição. A dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi surpreendeu e conquistou a primeira medalha da história do tênis brasileiro também. Todas elas já eram destaques nas competições nacionais e em algumas provas fora do Brasil.
Além disso, a judoca Mayra Aguiar venceu sua terceira medalha olímpica (Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020). Ela se tornou, assim, a atleta com mais medalhas pelo Brasil, igualando Fofão, do vôlei (Atlanta-1996, Sydney-2000 e Pequim-2008), em três edições também.
As primeiras medalhas olímpicas de atletas brasileiras ocorreram apenas nos Jogos de Atlanta, em 1996. A final do vôlei de praia feminino reuniu duas duplas do país – Jaqueline Silva e Sandra Pires levaram o ouro, enquanto Monica Rodrigues e Adriana Samuel ficaram com a prata. Ainda nessa edição, o basquete feminino conquistou a prata e o vôlei de quadra ganhou o bronze.
Nem sempre as Olimpíadas tiveram participação feminina. Quando os Jogos surgiram na Grécia antiga, por volta de 776 a.C., as mulheres não podiam sequer assistir às provas. Isso só mudou na Era Moderna, marcada pelo torneio de Atenas, em 1896. Na época, esporte ainda era coisa de homem. No Brasil, a participação feminina nos esportes também era proibida, conforme lei de abril de 1941. “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”.
Ocorre que o Barão de Coubertin foi desafiado. Ainda em 1896, um dia após a 1.ª Olimpíada da Era Moderna, houve um protesto. A atleta Stamati Revithi correu o percurso da maratona, uma das modalidades mais tradicionais do programa, no dia seguinte à corrida dos homens. Ela queria mostrar que mulheres também podiam participar. “Que a tocha olímpica siga seu curso através dos tempos para o bem da humanidade cada vez mais ardente, corajosa e pura”, disse certa vez o senhor Coubertin.
Em 1900, em Paris, para onde a Olimpíada vai em 2024, as mulheres puderam jogar, mas não ganhavam medalhas iguais aos homens, apenas um certificado de participação. Vinte e duas mulheres competiram no golfe e tênis. Eram as modalidades “adequadas” para elas segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI). Mais de cem anos depois, elas competem em todas as modalidades olímpicas. Essa equiparação se deu em Londres, em 2012.
No Brasil, o decreto de 1941 foi revogado somente em 1979. Antes disso, em 1932, no mesmo ano em que as mulheres conquistaram o direito ao voto no País, o Brasil teve sua primeira mulher na delegação. Foi Maria Lenk, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Com apenas 17 anos, ela passou por cima do decreto de 1941 e competiu na natação do evento. Foi pioneira.
No Rio, em 2016, o time dos Estados Unidos já tinha mais mulheres do que homens em sua delegação. Em Tóquio, o assunto foi tema de muitas discussões. “Trabalhar pela igualdade de gênero é uma das nossas principais metas”. disse o diretor-executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI), Christophe Dubi, ainda antes da cerimônia de abertura.
Otécnico da seleção olímpica masculina de futebol, André Jardine, anunciou nesta quinta-feira os 18 convocados para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
O veterano Daniel Alves, de 38 anos, do São Paulo, está na lista. Ele está se recuperando de uma lesão no joelho que o tirou da disputa da Copa América. Além dele, Jardine também chamou o zagueiro Diego Carlos, de 28 anos, do Sevilla, e o goleiro Santos, de 31 anos, do Athletico, entre os jogadores com mais de 24 anos da lista.
Veja a lista completa:
GOLEIROS
Santos (Athletico-PR)
Brenno (Grêmio)
LATERAIS
Daniel Alves (São Paulo)
Gabriel Menino (Palmeiras)
Guilherme Arana (Atlético-MG)
ZAGUEIROS
Gabriel Magalhães (Arsenal)
Nino (Fluminense)
Diego Carlos (Sevilla)
MEIAS
Douglas Luiz (Aston Villa)
Bruno Guimarães (Lyon)
Gerson (Flamengo)
Claudinho (Red Bull Bragantino)
Matheus Henrique (Grêmio)
ATACANTES
Matheus Cunha (Hertha Berlim)
Malcom (Zenit)
Antony (Ajax)
Paulinho (Bayer Leverkusen)
Pedro (Flamengo)
Jardine comentou sobre a presença de Daniel Alves na lista:
– Há atletas que são referência para todos nós. O Dani é um jogador que não à toa tem o currículo que tem. Um dos mais vitoriosos da história, por onde passa é campeão. Quando ele ficou fora da Copa América, já ficamos de olho. É um jogador que vai agregar demais, experiência, sabedoria, liderança. O universo quis assim. Disse a ele que a Olimpíada falta no currículo.
O atacante Pedro foi convocado, apesar da manifestação do Flamengo de vetar a presença do jogador na lista. O clube chegou a enviar um ofício à CBF informando que não liberaria atletas – Gerson já está negociado com o Olympique, de Marselha.
O vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, e do diretor Bruno Spindel já haviam visitado Pedro, que está em quarentena após testar positivo para Covid, para comunicar e explicar a decisão do clube de não liberá-lo para as Olimpíadas por causa do longo período que ficaria ausente. Também foi usado como argumento o alto valor da compra de seus direitos econômicos – 14 milhões de euros.
– A gente trabalha e sempre trabalhou nesse projeto visando a questão técnica. O Flamengo tem uma posição e a gente tecnicamente tem outra. O Pedro é um jogador importante no processo olímpico. Jogador que nos últimos dois jogos fez 3 gols. Jogador espetacular. Tem vontade enorme de defender o Brasil – explicou o coordenador, Branco.
Alguns jogadores ficaram fora da lista por veto de suas equipes. Foi o caso de Neymar, que está com a seleção principal na Copa América e já tinha sido avisado pelo PSG que não seria liberado para os Jogos Olímpicos.
– Neymar é referência mundial, imagina pra gente. Grande líder da principal. Gostaríamos de contar com ele. Logicamente, se tornaria muito mais difícil, como se tornou, pensarmos em alguém que faria Copa América e Olimpíada. Gostaríamos muito de contar com o Ney, mas não deu por esse motivo. Que seja feliz e bicampeão da Copa América. Sorte pra ele, pro Tite, pra todo mundo. Estamos torcendo – disse Branco.
Em Tóquio, o Brasil tentará repetir o ouro conquistado pela primeira vez há quatro anos, nos Jogos do Rio, quando a Seleção bateu a Alemanha na final, disputada ano Maracanã.
Coincidentemente, os alemães serão os rivais da estreia da Seleção no torneio olímpico, em 22 de julho. No dia 25, a equipe enfrenta a Costa do Marfim e, no dia 28, fecha a fase de grupos contra a Arábia Saudita.
A programação da CBF é de que os convocados se apresentem no dia 1 de julho para uma semana de treinamentos em São Paulo, no CT do Palmeiras. A delegação viaja dia 8 de julho para Doha, no Catar, e fica lá até o dia 15, quando enfim vai ao Japão.
Com gols da alagoana Marta, seleção feminina goleia China na estreia da Olimpíada
Rafael Monteiro, Rádio Nacional
21/07/2021 09:02
Notícias
Sam Robles / Divulgação CBF
A seleção brasileira de futebol feminino estreou com goleada de 5 a 0 contra a China, na Olimpíada de Tóquio (Japão), na manhã desta quarta-feira (21). Após o triunfo no estádio de Miyagi, na cidade de Rufu, as brasileiras garantiram os três primeiros pontos do Grupo F.
O Brasil começou em um ritmo arrasador. Logo aos oito minutos de jogo, a rainha Marta bateu de primeira, inaugurando o marcador. Na sequência, aos 21, foi a vez da atacante Debinha aproveitar o rebote da goleira Peng Shimeng, no chute de Bia Zaneratto, e empurrar para o fundo da rede, fazendo o segundo do duelo.
As chinesas melhoraram o desempenho no final da primeira etapa. Aos 39, Miao Siwen assustou em um chute na entrada da grande área, obrigando a intervenção da goleira Bárbara.
Após o intervalo, a China continuou em busca de diminuir a desvantagem. Aos 6, Wang Shanshan recebeu passe pela direita e acetou a trave da equipe brasileira. Sete minutos depois, aos 13, foi a vez de Debinha finalizar no travessão.
Apesar da seleção asiática ter conseguido equilibrar o confronto, quem marcou mais uma vez foi a Seleção Brasileira. Aos 28, a camisa 10 Marta bateu colocado, no canto esquerdo, e fez o terceiro das brasileiras. Na quinta edição da rainha em Jogos Olímpicos, este foi 12º gol marcado pela jogadora.
Em seguida, o Brasil foi soberano na partida. A meio-campista Andressa Alves foi derrubada por Wang Xiaoxue na área e sofreu o pênalti aos 36. Ela mesma cobrou e fez o quarto do jogo. Ainda deu tempo para o quinto. Debinha deu assistência para a atacante Bia Zaneratto, que empurrou para o fundo da rede, fechando o placar. China 0, Brasil 5.
As brasileiras voltam a campo no sábado (24) para enfrentar a Holanda. A partida será realizada no estádio Miyagi, às 8h (horário de Brasília).
Seleção masculina estreia nesta quinta (22)
O escrete olímpico masculino faz o primeiro jogo contra a Alemanha, nesta quinta (22), às 8h30 (horário de Brasília), no estádio Yokohama Internacional, na cidade de Yokohama. Os brasileiros vão reeditar a final dos Jogos da Rio 2016, quando o país levou a melhor nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. A vitória por 5 a 4 nas penalidades garantiu o ouro inédito ao Brasil no futebol olímpico.
Com gol de Pedro, Flamengo vence o Palmeiras na estreia do Brasileirão 2021
Sem Gabigol, diagnosticado com indisposição gástrica, Flamengo conta com Pedro para abrir com vitória a busca pelo tricampeonato. Palmeiras faz bom primeiro tempo no Maracanã, mas sofre no segundo
↑ Felipe Melo e Gerson, Flamengo x Palmeiras (Foto: André Durão / ge)
Atual bicampeão brasileiro, o Flamengo largou com o pé direito na busca pelo tricampeonato. O time comandado por Rogério Ceni venceu o Palmeiras por 1 a 0 na tarde deste domingo, no Maracanã, o gol marcado pelo atacante Pedro. A partida foi marcada por boas defesas de ambos os goleiros e um possível pênalti não marcado a favor do Fla. Veja os melhores momentos:
Sem Gabigol, ele resolve
O Flamengo perdeu Gabigol na véspera da partida: na noite de sábado, foi informado que o atacante não ia a campo em função de uma indisposição gástrica. Pedro foi escalado como titular e, como de costume, deu conta do recado. Esse foi o nono gol do atacante na temporada – com a ressalva de que ele começou no banco na maioria das vezes…
Dois paredões
Que a justiça seja feita: as duas equipes só não fizeram mais gols por causa das atuações dos goleiros. Diego Alves fez grandes defesas durante o jogo – a mais impressionante delas em finalização de Luiz Adriano de dentro da pequena área, que ele defendeu com os pés. Weverton também fechou a meta palmeirense. Só não conseguiu mesmo foi parar o gol de Pedro, mas não teve culpa alguma no lance.
Foi pênalti?
Aos 26 minutos do segundo tempo, Pedro conseguiu um passe meio desajeitado de calcanhar para Bruno Henrique, que invadiu a área e caiu pedindo pênalti. O árbitro Anderson Daronco, no entanto, marcou falta de Pedro na origem do lance. Comentarista da Central do Apito, Sandro Meira Ricci acredita que ele errou.
Primeiro tempo
O primeiro tempo foi de equilíbrio, com a impressão de uma ligeira superioridade do Palmeiras, embora o Flamengo tenha tido mais posse de bola. O time comandado por Abel Ferreira levou muito perigo em dois contra-ataques, mas Diego Alves defendeu as finalizações de Luiz Adriano (de dentro da pequena área) e Rony. O de Rogério Ceni ocupou bastante o campo ofensivo, trocou passes e testou Weverton em chutes de Pedro e Arrascaeta, mas nada o suficiente para mudar o palcar.
Segundo tempo
Antes mesmo do primeiro minuto, o Flamengo já mostrou para que veio no segundo tempo: Bruno Henrique chegou antes de Weverton, mas tocou forte demais e mandou por cima do gol. O time de Rogério Ceni voltou com mais ímpeto e passou a bombardear o gol palmeirense: Bruno Henrique de fora da área, Arrascaeta e uma cabeçada de Rodrigo Caio obrigaram o goleiro do Palmeiras a fazer boas defesas. Mas não havia nada que ele pudesse fazer depois que Bruno Henrique arrancou pela esquerda, cruzou, e Pedro se jogou para completar para o fundo das redes.
Classificação
Com esse resultado, o Flamengo inicia o Brasileirão 2021 com três pontos e ocupa no momento a quarta colocação na tabela. Por sua vez, o Palmeiras se junta ao grupo de quem ainda não pontuou e está parte debaixo da classificação.
Próxima rodada
O Palmeiras volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo para enfrentar a Chapecoense, às 18h15 (de Brasília), no Allianz Parque. Com o duelo contra o Grêmio adiado, o Flamengo joga só no dia 13 contra o América-MG, às 20h30, no Maracanã.
Antes disso, tem Copa do Brasil
Tanto Flamengo quando Palmeiras entram já na próxima fase da Copa do Brasil. Na próxima quinta-feira, dia 3, o Verdão enfrenta o CRB em Alagoas, às 21h30 (de Brasília). Por sua vez, o Flamengo encara o Coritiba fora de casa no dia 10, também às 21h30.
Paralimpíadas: Alagoana Marivana Oliveira conquista prata no Arremesso de Peso
Redação|
Marivana Oliveira / Foto: MATTHEW STOCKMAN / GETTY IMAGES
Marivana Oliveira conquistou a medalha de prata no arremesso de peso da classe F35 (para atletas andantes com paralisia cerebral) nas Paralimpíadas de Tóquio. Natural de Maceió, Alagoas, ela chegou lá com um arremesso de 9 metros e 15 centímetros.
A alagoana atingiu a marca de 9,15 metros em sua primeira tentativa e garantiu a segunda colocação. O ouro ficou com a ucraniana Mariia Pomazan (12,24m) e o bronze com a cazaque Anna Luxova (8,60m).
Já na primeira tentativa, Marivana alcançou a pontuação que lhe trouxe a medalha, o ouro ficou com a ucraniana Mariia Pomazan e o bronze com Anna Luxova da República Tcheca.
Essa é a terceira Paralimpíada da alagoana. Na última, a atleta foi bem e conquistou a medalha de bronze em sua categoria. Marivana conquistou uma marca de 9.28 metros para ganhar o bronze, atrás da Pomazan e da campeã chinesa Ju Wang.
Nóbrega também participou dos Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, além do Jogos do Rio, em 2016. Em 2013, quando participou do Campeonato Mundial de Paratletismo, também competiu no lançamento de disco, ficando em sexto lugar.
Atualmente Marivana não mora mais em Alagoas e, por conta do preparo para as competições, reside em São Paulo.
Anadadora alagoana Thaynara Lago Santos, 12 anos, é destaque em campeonato de natação no estado da Bahia. A adolescente conquistou nove medalhas de ouro em 11 provas que disputou na capital baiana.
O pai da atleta lembra-se da dedicação da filha e ressalta a dificuldade pra os treinos uma vez que em Alagoas não tem piscina olímpica. ‘’Foram duas semanas de muito trabalho e dedicação. Fomos para Salvador e Recife buscar um pouco de experiência em piscina olímpica, vale lembrar que Alagoas é o único estado do nordeste que não tem e precisamos viajar para os estados vizinhos’’, disse José Elenilton dos Santos.
Foto: Acervo pessoal
Elenilton ressalta que foram 11 provas disputadas ao todo. ‘’Conquistamos nove medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Resultados que a colocou entre as melhores nadadoras do Brasil em 2021 na categoria PETIZ 2. Os maiores destaques foram às provas de 400m livre e 100m costas que Thaynara venceu o primeiro lugar do ranking brasileiro’’.
Orgulhoso e emocionado com o sucesso da filha, Elenilton agradece ao patrocinador – Editora Espiral, o treinador Iuri Victor Mota, a Assomal e ao colégio intensivo. “Preparação agora é para o Festival CBDA Norte-Nordeste Mirim-Petiz que será realizado em Maceió’’.
Étetra! O Palmeiras venceu em casa o Grêmio por 2 a 0 e conquistou a Copa do Brasil pela quarta vez em sua história. Wesley e Gabriel Menino fizeram os gols da final e garantiram a Tríplice Coroa do Verdão na temporada de 2020: campeão paulista, da Libertadores e da Copa do Brasil.
O Grêmio tentou surpreender o Palmeiras no início da partida no Allianz Parque. A equipe de Renato Gaúcho pressionou nos primeiros cinco minutos e perdeu duas grandes chances. Logo aos dois minutos, Pepê quase aproveitou cruzamento que veio da direita, mas não conseguiu finalizar com precisão. Três minutos depois foi a vez de Alisson arriscar chute da entrada da área, levando perigo ao goleiro Weverton.
O Palmeiras reagiu aos sete minutos. Matheus Henrique errou na saída de bola e Rony apareceu sozinho na cara do goleiro Paulo Victor. O atacante hesitou, e Paulo Miranda salvou o Grêmio. O Verdão passou a dominar a partida e chegou a abrir o placar, aos 18 minutos, com Raphael Veiga, mas o gol foi anulado por impedimento de Rony no início da jogada.
O Grêmio passou a ter muita dificuldade na transição da defesa para o ataque e o Palmeiras desperdiçou muitas chances. Raphael Veiga, Zé Rafael, Rony e Wesley chegaram com perigo, mas acabavam tomando as decisões erradas nas conclusões.
Os minutos iniciais da segunda etapa pareciam uma repetição do primeiro tempo. O Tricolor empurrou o Palmeiras para o campo de defesa e só não abriu o placar porque Weverton salvou o time em finalização de Pepê de dentro da área.
Assim como no princípio do jogo, o Palmeiras respondeu aos 7 minutos em contra-ataque, só que dessa vez com gol. Raphael Veiga recebeu bola no campo de defesa, driblou dois jogadores e passou para Wesley. O camisa 47 chutou forte, de perna esquerda, para abrir o placar. Paulo Victor chegou a tocar na bola, mas não foi suficiente para evitar o gol.
Três minutos depois, o Grêmio quase empatou. Diogo Barbosa avançou pela esquerda e cruzou. A bola desviou em Marcos Rocha e sobrou para Thaciano. O camisa 20 subiu sozinho, mas cabeceou muito mal, sem problemas para Weverton.
No restante do jogo, o Tricolor até tentou o ataque, mas esbarrou no bom sistema defensivo do Palmeiras. Aos 39 minutos, veio o gol que definiu o título. Rony puxou contra-ataque e tocou para William. Ele encontrou Gabriel Menino, que driblou Matheus Henrique e chutou cruzado, rasteiro, para fazer 2 a 0 em falha de Paulo Victor.