Alagoas teve aumento de 31,9% no número de inscritos em 2023 em comparação ao ano passado
05/11/2023 10:15 - Educação
Por Redação
Alagoas teve um aumento de 31,94% no número de inscritos em 2023 com relação ao ano passado, que contou com 62.723 candidatos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Neste domingo (5), 82.762 candidatos farão a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no estado. A segunda etapa ocorre na próxima semana, no dia 12 de novembro.
Ao todo, o Enem terá 180 questões de múltipla escolha, além de uma redação. Neste domingo, serão 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias; e a redação.
Os portões de acesso às salas onde serão aplicados os exames serão abertos às 12h e fechados às 13 horas, pontualmente. A aplicação do Enem 2023 segue o horário de Brasília. As provas começam às 13h30.
Segurança em Alagoas
O Plano de Segurança utilizado durante o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) contará com 1.436 policiais militares que farão a segurança dos 268 locais de prova e seus entornos. Para reforçar a segurança, dois PMs serão alocados nas escolas situadas em 25 municípios.
Imprensa Graciliano Ramos apresenta novo nome em novembro
Natália Oliveira04/11/2023
A Imprensa Oficial Graciliano Ramos terá um novo nome durante o mês de novembro: Imprensa Oficial Dandara dos Palmares. A escolha é uma singela homenagem a um dos momentos mais marcantes na busca pela liberdade e garantia de direitos das pessoas - o dia 20 de novembro, dia em que Zumbi dos Palmares foi morto e que se comemora o Dia da Consciência Negra. Assim, o escritor alagoano sai brevemente de cena para dar lugar à figura feminina símbolo de força e liberdade.
A coordenadora editorial da Imprensa Oficial Dandara dos Palmares, Clarice Maia, reforça que a adoção deste novo nome vai além de uma campanha para o mês da Consciência Negra. “É uma forma de reconhecer essa presença feminina que, junto com muitas outras mulheres e homens, até hoje mantém o registro na memória do povo de que Alagoas é um estado onde sua gente tem força e vontade de caminhar de cabeça erguida e livre”, explicou.
Esta é a segunda vez que a Imprensa assume outro nome. Desde sua fundação em 1912 até o ano 2000, o órgão se chamava Imprensa Oficial de Alagoas. Com o novo milênio, veio uma nova identidade e um novo nome em homenagem ao escritor alagoano e antigo diretor da empresa, passando a se chamar Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
Embora temporária, a mudança para este mês de novembro acompanha a reorganização do órgão, que busca se aproximar ainda mais da sociedade alagoana e de importantes pautas sociais.
Sobre Dandara
Ao lado de Zumbi, Dandara foi uma das lideranças do Quilombo dos Palmares, o maior quilombo do Brasil, localizado no município de União dos Palmares (AL). Apesar de sua importância, pouco se sabe sobre ela, pois os registros são limitados.
No entanto, ela ficou conhecida por ser uma mulher guerreira e engajada tanto na luta contra os portugueses que planejavam destruir o quilombo, quanto na libertação de pessoas escravizadas.
Desde abril de 2019, por meio da Lei nº 13.816, Dandara dos Palmares foi incluída no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O título de herói ou heroína é dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou construção do país.
Na véspera do início do Enem, PF apreende em Maceió equipamentos discretos de comunicação
Em operação conjunta com a PRF, foram capturados dispositivos com dois homens
Por Ascom PF/AL04/11/2023 20h59 - Atualizado em 04/11/2023 21h10
PF segue investigando se algum candidato vai tentar utilizar dispositivos para fraudar prova do Enem - Foto: Ascom PF/AL
Neste sábado (4), em atuação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, foi realizada busca e apreensão de equipamentos discretos de comunicação – telefone celular “micro” e fone de ouvido intra auricular “micro”, em poder de dois investigados que se encontravam em Maceió/AL.
A investigação se iniciou com a apreensão, pela PRF, de equipamentos de filmagem dissimulada em poder dos investigados, durante fiscalização em ônibus interestadual, na rota Belo Horizonte – Maceió.
Com a chegada dos suspeitos a Alagoas, o caso passou a ser acompanhado pela Polícia Federal, que realizou a busca e encontrou o equipamento no apartamento ocupado pelos investigados.
Uma vez que se está às vésperas do Enem, serão prosseguidas as diligências no sentido de verificar se há candidatos utilizando esses equipamentos na data da prova.
Ufal se prepara para adequar às cotas após aprovação de lei federal
Instituição foi pioneira na implantação de cotas, desde 2003
Por Lenilda Luna / Ascom Ufal03/11/2023 22h26
Ufal, Campus Arapiraca - Foto: Divulgação
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se prepara para as mudanças nas cotas para ingresso nos cursos de graduação e pós-graduação, aprovadas pelo Congresso Nacional, no dia 24 de outubro, e que aguardam sanção presidencial. A instituição foi pioneira no uso de cotas no Brasil, sendo a primeira universidade federal a implementar o sistema. A Ufal usa as cotas desde 2003, por meio do Programa de Ações Afirmativas (Paaf). Já a lei de cotas, aprovada em 2012, reserva 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes das escolas públicas.
A instituição está trabalhando para incluir as mudanças no edital de 2024, que será publicado em janeiro, assim que essas mudanças forem implementadas no Sisu. Zeuxis Morais, diretor-adjunto da Copeve, informa que por conta da longa experiência que a Ufal tem com o sistema de cotas, as mudanças na instituição não serão difíceis de implantar. “A principal mudança é que todos os inscritos nas cotas vão também concorrer também na ampla concorrência. Já estávamos seguindo essa orientação por conta de um parecer de força executória, da Justiça Federal”, informa Zeuxis.
Outra mudança é a inclusão da população quilombola como grupo que tem reserva de cotas. A Ufal já aceitava alunos quilombolas na cota de negros, mas agora a inclusão está prevista em lei.
A última mudança é a redução do valor de comprovação de baixa renda, passando de 1,5 salários (per capita) para 1 salário mínimo (per capita). “Na Ufal essa mudança não terá muito impacto já que as rendas apresentadas geralmente são muito baixas”, afirma Zeuxis.
As mudanças nas cotas da Ufal tiveram, desde a implantação, um impacto positivo na inclusão de estudantes de grupos historicamente excluídos da universidade. Danilo Marques, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), ressalta que, desde 2021, A Ufal tem uma regulamentação do Conselho Universitário que estabelece os procedimentos de verificação do perfil para candidatos a vagas em regime de cota nos processos seletivos e concursos públicos.
As modificações na Lei de Cotas vão reforçar procedimentos já encaminhados pela Ufal para garantia da inclusão de negros (pretos e pardos), indígenas, pessoa com deficiência (PCD) e quilombolas. “A inclusão na Lei da população quilombola é uma importante conquista, pois reconhece a especificidade desse grupo e garante a eles o direito ao acesso ao ensino superior”, finaliza Danilo.
Seis em cada 10 brasileiros acham que professores são mal remunerados
Levantamento do Ipsos aponta ainda que 43% não recomendariam carreira a seus filhos. Dados refletem percepção de que situação salarial ainda está aquém do que carreira merece
Pesquisa feita pelo Instituto Ipsos, mostrando a percepção sobre a realidade salarial dos professores em 29 países, revelou que, no caso do Brasil, cerca de seis a cada dez pessoas, ou 64%, acreditam que esses profissionais não são suficientemente remunerados, índice bem maior do que a média global, de 46%. Outros 31% dos brasileiros acham o contrário.
Reflexo dessa percepção, o “Monitor Global da Educação” aponta ainda que 43% dos brasileiros não recomendariam a carreira a seus filhos e 81% acreditam que os professores trabalham muito.
Já o Indicador de Valorização de Professores (IVP), do Instituto Península, revela que somente 26% da população acredita que os professores são bem valorizados — na categoria, o índice é ainda mais baixo: 20%.
Realidade salarial
Os dois levantamentos mostram que a forma como a população vê a situação dos professores está bastante próxima da difícil realidade por eles vivida. Conforme estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), professores de pré-escola, por exemplo, recebem em média R$ 2.285 por mês.
Outros profissionais de ensino têm salários médios de R$ 2.554 e professores de artes, de R$ 2.629 — essas três ocupações figuram nas primeiras colocações no ranking das mais mal pagas no país. Professores de ensino médio também estão na lista, com rendimento médio de R$ 3.554.
Porém, no universo docente, podem haver salários bem mais baixos e outros, poucos, mais altos. Dados divulgados em julho pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, mostrou que em 2020 o salário de um professor da rede municipal com jornada de 40 horas semanais poderiam variar de R$ 1.200, em Grupiara (MG), a R$ 19 mil em Paulínia (SP).
Nas redes estaduais, foram detectados rendimentos médios variando entre R$ 2.542, em Alagoas, a R$ 11.447 no Pará. Vale destacar que em 2020, o piso nacional dos professores era de R$ 2.886.
As médias nacionais dos rendimentos desses profissionais da rede municipal e estadual — considerando salários e remunerações extras, exceto 13º, para 40 horas de trabalho — eram de respectivamente R$ 4.897 e R$ 4.947.
Reajuste no piso
Logo no início do atual governo, ainda em janeiro, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou reajuste de 15% no piso salarial dos professores, que passou a ser de R$ 4.420,55. “O piso de 2022 era R$ 3.845,63. A valorização dos nossos profissionais da educação é fator determinante para o crescimento do nosso País”, disse Santana, na ocasião.
A Lei nº 11.738, sancionada em 2008, durante o segundo governo Lula (PT), determina que o piso seja reajustado anualmente, sempre em janeiro. Segundo o MEC, os estados e municípios são autônomos na gestão de suas redes de ensino e cabe aos órgãos de controle apurar o cumprimento da lei por parte dos entes federados.
A escritora Giovanna Lunetta, natural de Arapiraca e moradora de Maceió, lança seu primeiro livro de poesia contemporânea, intitulado “O sol vem depois”. O evento acontece em Maceió, na tarde do domingo (8), às 15h30.
A obra, sonhada desde seus 13 anos de idade, se tornou realidade 10 anos depois, devido ao financiamento coletivo idealizado pela editora independente “Taioba” e divulgado nas redes sociais. Em 40 dias, a contribuição social ultrapassou a meta estabelecida, atingindo 205% do valor, sendo arrecadado R$ 11.943,00.
Por meio do financiamento coletivo, 187 exemplares foram adquiridos. Os compradores que comparecerem no lançamento, receberão a obra literária pessoalmente, pelas mãos da poetisa.
Como forma de agradecimento pelo incentivo e apoio financeiro, o evento que ocorrerá no restaurante Amo Saladas e Crepes, será aberto para o público. Assim, possibilitando a confraternização junto dos amigos, familiares e seus seguidores do Instagram.
“Sonho com o livro desde a minha pré-adolescência. Muita gente, ao longo desses anos, acompanhou minha trajetória e sonhou comigo. A ideia vem de querer comemorar com quem participou da realização desse sonho e permitir que outras pessoas conheçam o meu trabalho”, comenta Lunetta.
Temáticas sociais
O exemplar traz poemas sobre negritude e adoção, causas defendidas por Giovanna Lunetta. Diante das suas vivências como mulher negra, adotada e nordestina, seus textos expressam seus sentimentos, ponto de vista e conscientização acerca dos tópicos mencionados. Dentro da abordagem dos temas, a autora compartilha a sua relação consigo, com o outro e com a sociedade.
Grande alcance virtual
No instagram, Lunetta tem mais de 32 mil seguidores, onde compartilha poesias no formato de texto escrito ou com vídeo recitando poemas autorais. Sua publicação com maior engajamento atingiu a marca de mais de 1 milhão de visualizações.
O conteúdo, que viralizou, mostra a cena registrada por Giovanna Lunetta: dois idosos dançando forró, sorridentemente, na Praça Gogó da Ema, localizada no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Enquanto o casal dança, Lunetta declama uma poesia autoral, como uma carta para alguém que ama, convidando-a para dançar.
Nas postagens, as pessoas interagem, se declaram umas para as outras na aba dos comentários. Lunetta compartilha que essa interação é um presente:
“É delicioso ver as pessoas se declarando usando poemas meus, marcando pessoas amadas, abrindo seus corações para mim, essa interação é um presente”, afirma.
Os leitores que a acompanham na plataforma virtual, estão espalhados por todo o Brasil. A maioria do público são os seus conterrâneos, da capital alagoana, onde a autora cresceu e reside até hoje.
Venda do livro e ecobags
A primeira edição da obra é limitada e será vendida durante o evento de lançamento, que está previsto para encerrar às 17 horas. Além dos livros, podem ser adquiridas as ecobags com a impressão do título do livro “O sol vem depois”.
Para sua carreira artística, a expectativa da escritora é de que “seja o começo de muitas oportunidades e diversas portas abertas.” Para os leitores, Lunetta espera que sua arte leve esperança e coragem, orgulho de serem quem são e desperte vontade de continuar vivendo.
Novo Jardim Livraria e Café promove bate-papo sobre espaços religiosos de Matriz Africana
Evento é gratuito e tem início às 19 horas deste sábado (4)
Por Assessoria03/11/2023 16h31
Evento acontece neste sábado - Foto: Divulgação
No dia 04 de novembro de 2023, a Livraria Novo Jardim receberá a Yalorixá Jeane Yara d'Osùn, o Sacerdote Ómó Oniyê e o filho de Gún, Idáhunsi, para um bate-papo sobre os espaços religiosos de Matriz Africana e a sociedade brasileira.
O evento é gratuito e tem início às 19h.
Conheça um pouco sobre os convidades:
Jeane Yara d’Osùn, Mulher Preta, Alagoana. Ialorixá do Ilê Abassá de Angola Oyá Igbalé. Co-fundadora do Maracatu Raizes da Tradição junto com sua mãe, Ialorixá Mãe Verá de Oyá. É também Co-fundadora, Dançarina, Coreógrafa e Diretora do Afoxé Ofá Omin.
Ómó Oniyê, registrado colonialmente como Alisson Fernandes dos Santos, é homem preto e gay, iniciado no na religião de candomblé no dia 12/06/2010. É filho de Dominã (Jadson Pimentel) e Yabinã (mãe Mirian). Atualmente é sacerdote do Ilê Egbé Àfàsókè Atíléhìn Vodun Azírí.
Idáhunsi (Luciano Amorim) é filho de Gún e membro do Ilè Egbé Vodun Azírí. Doutor em Educação e Professor de Educação Infantil em Maceió. Militante de movimentos sociais comunitários.
Pensei que seria mais uma semana sem palavras, literalmente… Mais uma semana sem escrever uma crônica. Veio-me a ideia de pesquisar sobre a vida dos santos. Afinal outubro começa nada mais nada menos, com os Santos Anjos (01/10), São Francisco de Assis (04/10), São Benedito (05/10). Pegaria o gancho do porquê eles possuírem um nome de batismo, e depois de abraçar a ordem mudar, em definitivo, para um nome religioso.
Lá no começo da outra semana, duas palavras navegavam entre os meus desidratados neurônios: Sarcopenia e Paralelepípedo. A composição literária tomou vida e alma lá dentro da massa encefálica. Massa branca, massa cinzenta. Sem plasmar nos bites do microcomputador, vagou sem corpo. “Sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa muscular associada a perda de força muscular e redução do desempenho físico. Ela ocorre com mais frequência nos idosos, por isso as recomendações médicas são feitas especialmente para essa faixa etária. Fonte: Google.com.br”
“O paralelepípedo é um sólido geométrico que possui três dimensões: altura, largura e comprimento. Esse prisma possui todas as suas faces no formato de um paralelogramo, sendo formado por seis faces, 8 vértices e 12 arestas. Fonte: Google.com.br”
A composição teria até um título, seria: O Velho e a Pedra”. Achei assim, algo bem poético e convidativo à leitura. Aludindo claro, aos músculos de quem está ficando idoso. E a pedra que deu sustentabilidade aos meus pés na jornada da vida inteira, até agora. E pra arrematar esta consistente retórica, estaria faltando dizer de onde supostamente teriam surgido tais palavras, ao longo do meu cotidiano, para que viessem compor esta despretensiosa dissertação.
A Sarcopenia flácida e sem jovialidade apareceu-nos, brotada dos aplicativos propagandísticos das redes sociais. O paralelepípedo brilhou debaixo do sol, de manhã cedo. Numa reportagem que enaltecia uma cidade antiga. E surpreso descobri que essa forma geométrica que dá nome a pedra, e que caminhou comigo desde os primeiros passos, “sua origem remonta a Antiguidade, tendo sido utilizado pelos romanos na construção de estradas.” Fonte: rabiscodehistoria.com.br”
Faltava musicalidade ao meu escrito semanal. A pedra é dura, assim cantou-nos Edson Gomes: “Sei , eu sei que a água é mole [e a pedra é dura]/ Mas como diz o ditado: “Tanto bate até que fura…By Edson Gomes “Fala Só de Amor [1990] Álbum Reagge Resistência””
“Arrepare não, mas enquanto engomo a calça eu vou lhe contar/ Uma história bem curtinha fácil de cantar/ Porqu cantar parece com não morrer/ é igual a não se esquecer/ Que a vida é que tem razão [repete 2x]/ Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou/ Não foi passarinho/ Foi o olhar do meu amor me arrepiou todinho/ E me eletrizou assim quando olhou meu coração. By Ednardo [1979]
Mas preferi relevar tudo isso. Minha crônica morredoura, na pedra e nos músculos, renasceria no Sagrado Coração de Jesus. A Folhinha contendo o calendário civil, religioso, climático e cultural. Editado pela Editora Vozes, chegou na minha sala vespertina. Trazido pelo colega de trabalho José Roseno, “Zezé” para os íntimos. Havia ganhado de uma livraria que lhes doa todos os anos. No entanto ao perceber o quão impressionara-me o impresso, simplesmente deu-nos de presente!”
E lá estava eu, tendo em minhas mãos, um ano inteirinho! Um ano cheio de poesia, de palavras de fé, de orações, de trovas de amor, dicas de saúde, palavras cruzadas, piadas, passatempos, charadas, receitas, culinária, tábua das marés fases da lua… tudo a se desfolhar sobre meus dedos! Bom seria se o ano que estava ali, nas minhas mãos fosse acontecer exatamente daquele jeito, só de coisas boas! Um ano, sem guerras, sem terremotos, sem furacões, sem fome, sem seca, sem miséria, sem dores, sem que um único tiro fosse disparado contra a vida! Onde toda criança concebida pudesse vir ao mundo! Um ano que somente o Sagrado Coração de Jesus, ilustrando aquela gravura, saberia dizer se realmente assim seria: um feliz 2024.
UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR
BODE GAIATO
“-TU ACEITA SAIR COMIGO?
-SÓ SE FOR NA PORRADA!”
“ACHO QUE MEU PROBLEMA FINANCEIRO É POR FALTA DE AMOR. TIM MAIA DIZ QUE QUANDO A GENTE AMA NÃO PENSA EM DINHEIRO!”
“ANTIGAMENTE A MÚSICA MADAVA EU TIRAR O PÉ DO CHÃO… AGORA MANDA EU SENTAR NELE!”
“-AMOR! TU SABAI QUE UM DIA A BELEZA SE ACABA?
-COMO VAI ACABAR AQUILO QUE NUNCA COMEÇOU?”
“-AMOR TU ME AMA?
-AMO!
-E SE EU FICAR FEIA?
-EU FICO CEGO!
-E SE EU FICAR TRISTE?
-EU VIRO UM PALHAÇO!
-E SE EU PEDIR PRA TU PARAR DE BEBER?
-EU MANDO TU SE LASCAR!”
Os dois faraônicos projetos brasileiros e latinos, estão muito mais acima da classificação comparativa. Quem imaginaria duas coisas como essas que estão para acontecer!? Uma estrada rodoviária que se inicia em São Paulo, no Oceano Atlântico (Porto de Santos), até o Oceano Pacífico, no Chile, portos de Antofogasta e Iquique. Rodovia esta que cortaria, no Brasil, os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, passando pelo sul do Pantanal. Deixando o Brasil, a rodovia penetra pelo Paraguai, Argentina e Chile, o seu destino final. Entre as distâncias divulgadas, está a de 3.320 km, entre ambos os oceanos. Cada país interessado em exportar pelo Atlântico ou pelo Pacífico, já se movimenta em relação a rodovia em seus respectivos países.
Brasil e Paraguai já estão perto do término de uma ponte trabalhada pelos dois lados. A expectativa é que que a obra total esteja pronta dentro de dois anos. A rodovia já tem apelido popular de “Corredor Bioceânico”, por sinal, um belo nome! Será que você é brasileiro, estudante ou não e nem sabia disso? A outra obra que será magnífica, é a segunda estrada que também ligará o Oceano Atlântico, no Brasil, ao Oceano Pacífico, no Peru. Aí, segue por outro roteiro com os mesmos objetivos, mas essa é uma ferrovia, também apelidada de “Ferrovia Bioceânica”. Seu roteiro no Brasil, é São Paulo (Porto de Santos) Mato Grosso, Rondônia, Acre, Bolívia, Peru (Porto de Ila), no Oceano Pacífico. A primeira está sendo aprontada, a segunda, trechos ainda discutidos.
Quando prontos, fomentarão o desenvolvimento do comércio da América do Sul com o resto do mundo, em muito menos tempo, muito mais competitivo e mais seguro. Pelo Atlântico facilitará as transações com Europa e África. Pelo Pacífico, fica viável o comércio com o Oeste dos Estado Unidos e o mundo asiático. O país que for invejoso, vai morrer de inveja dessas duas obras que estarão no topo das maiores do mundo. Não caberia em apenas uma crônica, a grandeza detalhada desses empreendimentos diretamente nos países participantes e indiretamente para todos os que fazem a América do Sul e Caribe o grande orgulho latino, exemplo para o mundo e coroação para o Sul-Global. Tenha orgulho do Brasil!
À luz do tempo, é necessário avaliar a ideia de comemorar o Dia do Saci Pererê em 31 de outubro, como contraponto à celebração norte-americana do Dia das Bruxas, o Halloween. Nosso Saci merece reverência. De todos os personagens do folclore brasileiro, talvez apenas o Curupira esteja à sua altura em termos de simbolismo.
Originalmente com duas pernas e traços ameríndios, o Saci absorveu outras mitologias. Por influência africana, virou menino negro, perdeu uma das pernas na capoeira e passou a usar pito. O gorro vermelho – que lhe deu poderes sobrenaturais – vem do folclore português. É justamente esse sincretismo de tantas culturas que torna o Saci tão brasileiro.
Desde 1965, o Brasil já comemora, a 22 de agosto, o Dia do Folclore, que tem origem estrangeira. Remete a 22 de agosto de 1846, data em que a expressão folk lore (“conhecimento popular”) veio a público pela primeira vez, na carta do arqueólogo e escritor britânico William Thoms à revista The Atheneum. Falta-nos, porém, uma data comemorativa mais genuinamente nacional, o que reforça a razoabilidade do Dia do Saci.
A proposta de sua criação ganhou força em 2003, ano de fundação da Sosaci (Sociedade de Observadores de Saci). Na visão da entidade, fixar o “raloim brasileiro” em 31 de outubro, como alternativa ao Halloween ianque, ajudava a “resgatar” o folclore nacional e a fazer uma resistência cultural à invasão estrangeira.
O impacto foi imediato. Municípios e estados abraçaram a causa e aprovaram em lei o Dia do Saci. Na Câmara dos Deputados, três parlamentares – Aldo Rebelo, Ângela Guadagnin e Chico Alencar – apresentaram propostas para instituir a data nacionalmente.
“A intenção deste projeto é ensinar as crianças que o País também tem seus mitos, difundindo a tradição oral, a cultura popular e infantil, os mitos e as lendas brasileiras”, justificava o projeto da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP). “Em vez de bruxas e gnomos, a manifestação cultural deve valorizar figuras folclóricas que se refiram às tradições brasileiras.”
Em sua propositura, Aldo Rebelo, então deputado pelo PCdoB-SP, era mais explícito: “O Saci é reconhecido como uma força da resistência cultural à invasão dos xmen, dos pokemons, os raloins, e os jogos de guerra. A escolha do dia 31 de outubro, que tem sido imposto comercial e progressivamente aos brasileiros como o Dia das Bruxas ou o Dia do Halloween, não dizendo absolutamente nada sobre o nosso imaginário popular cultural, como o Dia do Saci, é assim estratégica, proposital, simbólica”.
O fato é que nenhum dos três projetos na Câmara dos Deputados vingou – e o Dia das Bruxas tampouco saiu arranhado. Não há lei ou decreto federal sobre o Dia do Saci. Forçar o contraponto com Halloween podia até ser uma escolha “estratégica, proposital, simbólica”. Mas essa escolha, em vez de resultar em trunfo, parece ter imposto uma concorrência hostil ao próprio Saci Pererê. Ao bônus da polêmica, somou-se o ônus de alguma antipatia gratuita.
De resto, há uma razão para que hoje seja o Dia das Bruxas. Reza a lenda que nas noites de 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos e antevéspera do Dia de Finados, os mortos ficavam especialmente ávidos para voltar à terra. Os vivos, amedrontados, espantavam os maus espíritos de duas maneiras: acendendo uma fogueira e se fantasiando de mortos. Essa combinação de elementos celtas e cristãos está na origem do Halloween.
Talvez as datas comemorativas careçam desse vínculo mais orgânico. O movimento negro brasileiro foi bem-sucedido na batalha para transformar 20 de novembro em Dia da Consciência Negra. Ao pôr o 13 de Maio – e a “história oficial” – em xeque, lideranças negras desmascararam a Lei Áurea e a Princesa Isabel, ressignificaram o abolicionismo e cristalizaram um herói popular, Zumbi dos Palmares, como protagonista da luta contra a escravidão.
Não convém usar o condicional “se” para cravar certezas, mas é provável que a sorte do Dia do Saci tenha mudado com sua associação ao 31 de outubro. Celebremos, sim, o Saci Pererê e os vários elementos de sua mitologia que ajudaram a dar singularidade e renome ao folclore brasileiro. Mas, ao mesmo tempo em que é preciso desarquivar projetos que propõem a instituição formal do Dia do Saci, é tempo também de questionar se uma data mais pertinente à homenagem não teria lhe dado um destino melhor.
Fabricar brinquedos sustentáveis é opção de lazer para o Dia das Crianças
Pequenos podem usar a criatividade e materiais recicláveis para construir sua própria diversão
Por Ascom Alurb07/10/2023 01h10 - Atualizado em 07/10/2023 15h44
Fabricação de brinquedos sustentáveis é opção de lazer para o Dia das Crianças - Foto: Crystalia Tavares/Ascom Alurb
Com o uso de materiais reutilizáveis como papelão, plásticos, metal e vidro, servidores da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) criam brinquedos sustentáveis e contribuem para a preservação do meio ambiente. A prática positiva pode ser feita por crianças, com a supervisão de adultos, aumentando o reuso de recicláveis e diminuindo a incidência dos itens no resíduo domiciliar.
Brinquedos feitos a partir de objetos que iriam para o lixo, ou que não vão ser mais utilizados, preservam o meio ambiente. Além disso, ajudam a economizar dinheiro e também garantem que as crianças possam participar ativamente de todo o processo de produção do brinquedo, da ideia à concretização, contribuindo para a conscientização ambiental e fazendo com que sejam adultos mais responsáveis.
Kedyna Tavares, diretora-executiva da Alurb, afirma que o processo contribui para que diversos itens sejam reutilizados e não sejam destinados ao aterro sanitário. "Nosso trabalho de educação ambiental foca justamente nisso, demonstrar a reutilização de materiais recicláveis em coisas úteis, como artigos de decoração e brinquedos", disse.
O trabalho realizado pela servidoras da Autarquia é comumente exposto em ações de educação ambiental realizadas pela cidade ou em instituições. Ademais, contempla várias crianças de escolas municipais ou comunidades da capital, dando uma opção de lazer para quem mais precisa.
"É importante que as crianças aprendam sobre o reuso e o quanto isso contribui para que a natureza viva em paz. Dessa forma, eles podem crescer mais conscientes e preocupados com o tema preservação", completou a diretora.
Danos morais: como saber se você foi alvo deste crime e quais as formas de obter indenizações em cada caso
Cristovão Santos*|
Fernando Maciel, advogado e professor de Direito da UFAL / Foto: Cortesia
Um tema que sempre gera dúvidas entre os brasileiros é o processo por danos morais. Mais que isso, como saber que estou cometendo um ato passível de receber um processo neste aspecto? E quem sofre com algo do gênero, quais as medidas tomar, seja no ambiente de trabalho, no dia a dia, ou até mesmo solicitar um determinado serviço de uma determinada empresa?
O Cada Minuto conversou com o advogado e professor de direito da UFAL, Fernando Maciel, para esclarecer essas e outras dúvidas acerca do tema em questão. Ele explica, por exemplo, que no ambiente de trabalho é possível identificar o dano moral a partir de uma situação vexatória sofrida pelo indivíduo, que venha a ferir sua honra e causando constrangimento.
Fernando Maciel, advogado e professor de Direito da UFAL / Foto: Cortesia
Olhando para o ambiente virtual, das redes sociais, também é possível identificar tais situações. Mesmo sendo um local onde se tornou comum expressar opiniões, Fernando Maciel alerta para o fato de que, quando usadas da forma errada, o dano causado à vítima pode impactar, inclusive, no aspecto emocional do indivíduo. Seja na forma presencial ou virtual, a aplicação de punições seguem os mesmos critérios, e as penas variam de acordo para cada caso específico.
Confira abaixo a entrevista completa, na íntegra:
• Como saber se a ofensa/causa cabe uma ação por danos morais?
Os danos morais ocorrem quando alguém tem ofensa a sua honra objetiva ou subjetiva, ou seja quando em face do fato danoso sua reputação, imagem ou fama sofrem depreciação, ou ainda quando psicologicamente e emocionalmente sofre alguma abalo. Não pode neste último caso ser um mero incomodo, mas um abalo efetivo. Nestas situações de forma geral cabe uma ação de indenização por danos morais.
• Qual o valor que uma pessoa pode receber em uma indenização?
Não há um valor especifico. O ofendido através de seu advogado deve estimar um valor a partir da extensão do seu dano, levando em conta sua situação especifica, e o juiz acatará este valor ou estabelecerá um outro de acordo com o que os tribunais venham decidindo em casos semelhantes a este (jurisprudência).
• Como podemos classificar um “dano moral grave”, e como isso impacta na indenização?
Todo dano moral é importante, mas a sua extensão interferirá diretamente no valor da indenização. Se um dano moral afeta de forma irreversível o psicológico ou o sentimento de auto estima de alguém, ou se lhe causa um prejuízo profissional, em face da perda de sua reputação, por exemplo, com certeza será grave e terá uma indenização maior.
• Quanto tempo demora um processo de uma ação por danos morais?
Não há como estimar o tempo, depende da complexidade dos fatos, da existência de provas do fato danoso, da vara judicial onde cairá, etc.
• O que é considerado danos morais no ambiente de trabalho?
O dano moral na área trabalhista ocorre quando o trabalhador é exposto a situações vexatórias, constrangedoras ou humilhantes, que atingem a sua honra, a sua dignidade ou a sua integridade psíquica e moral.
• Como o indivíduo pode agir em casos como o da 123 Milhas?
Deve buscar o poder judiciário ajuizando as ações de restituição de danos morais e materiais, e ainda que tenha a empresa ingressado com sua recuperação judicial poderá inscrever seu crédito, ou ainda buscar outras forma de ressarcimento como patrimônio dos sócios que não tenham sido afetados pela recuperação judicial.
• Ofensas em redes sociais podem acarretar em processos por danos? Como se aplica a regra nestes casos?
Sim. As redes sociais podem causar quando mau utilizadas profunda agressão a integridade, moral, reputação e sentimentos das pessoas, causando com isso danos morais, que são indenizáveis da mesma forma que os danos causados no ambiente não digital.
• Como podemos comprovar um dano moral?
O fato danoso pode ser comprovado de diversas formas, através de prints das redes sociais, provas testemunhais, documentos, e qualquer meio licito de comprovação.
Projeto Girassol realiza mais um encontro em Santana do IpanemaO Projeto Girassol tem como principal objetivo elevar a autoestima e o fortalecimento das mulheres
Aconteceu no fim de tarde da última sexta-feira (27) mais um encontro de mulheres do Projeto Girassol, No Recando da Serra, espaço da santanense Cristóvia Vasconcelos, líder do projeto.
O Projeto Girassol tem como principal objetivo elevar a autoestima e o fortalecimento das mulheres. É uma rede de mulheres que visam através de projetos e histórias a possibilidade de negócios. São mulheres dos diversos segmentos da sociedade e em cada encontro um(a) convidado(a) participar e realizar troca conhecimentos com o grupo.
O primeiro encontro foi com os Promotores de Justiça Kleber Valadares e Viviane Karla, o segundo encontro com o Juiz Kléber Borba e Viviane Karla.
Nesta edição o encontro foi com a consultora, blogueira e empresária especialista em produtos íntimos Patrícia Estevão, que falou sobre a quebra de tabus e intimidade Feminina.
( Foto: Assessoria)
PROJETO GIRASSOL
O Projeto Girassol é uma iniciativa do Centro Espírita Santa Bárbara – CESB. Teve início em 2015 com crianças e adolescentes através de ações culturais e de cidadania , tendo como apoiador o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA e posteriormente o Juizado especial de Pequenas causas.
Com a pandemia aconteceu uma grande preocupação em relação ao apoio às famílias, tendo em vista ser algo novo para todos que integram o projeto, e sempre ouvindo principalmente as mulheres, seus medos e anseios por dias melhores.
O Projeto foi reformulado e apresentado por meio de edital ao juizado especial de Pequenas Causas, que após uma reunião com a magistrada Dra Nathallye Alcântara e a Promotora Dra. Viviane Karla o Projeto Girassol Mulheres teve aprovação vindo assim a ter assistência do juizado para nossas ações de escuta, encaminhamentos aos profissionais ou órgãos competentes e sempre priorizando o foco do projeto que é apoiar mulheres independente da situação econômica, social ou pessoal.
O Projeto vai além do município de Santana do Ipanema, pois se estende por toda a comarca que é composta também pelos municípios de Olivença e Poço das Trincheiras e grandes resultados já foram alcançados.
Com esses resultados vemos o quanto podemos ser fortes e também ajudarmos aquelas que estão precisando de apoio . Entendemos que mulher que apoia mulher , fortalece uma rede e promove o protagonismo feminino – destacou a líder Cristóvia Vasconcelos.
Hoje o grupo tem 65 mulheres, que se conectam através do grupo de WhatsApp e também do Instagram, além dos encontros periódicos que são feitos sempre com temas de relevância.
O projeto também faz parte de uma rede de apoio feminino como o levante feminista e a rede de mulheres de comunidades tradicionais, com apoio da Dayo social(consultoria social).
A defesa da política participativa e a crítica à privatização de serviços essenciais ganham destaque em meio à discussão sobre greves e ações governamentais.
São Paulo/SP - Metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp durante assembleia para organizar greve unificada (02.10.2023) | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O filósofo grego Aristóteles cunhou a frase “O Homem é um animal político”. A vida pública na Grécia antiga ocorria de maneira incessante entre os que eram então considerados cidadãos e a política foi criada para regular os conflitos da pólis, que era o local onde esta acontecia e era compartilhada.
Aristóteles deve estar se contorcendo no além ao ouvir os absurdos proferidos por Tarcísio Pereira, governador de São Paulo, ao atacar a greve conjunta de vários setores do serviço público que ocorreu no último 3 de outubro e reclamar que o movimento “era político”.
Ora, até hoje nós seguimos vivendo inseridos em sociedade, justamente por isso precisamos desmistificar o discurso que cabe apenas aos políticos fazerem a política ou, ainda pior, que a política só está presente na vida da maioria das pessoas durante as eleições, quando elas passam caberia apenas aos eleitos a fazerem, como se tivéssemos passado um cheque em branco para os governantes e devêssemos tocar nossas vidas… não poderia existir equívoco maior, além de um desrespeito a democracia participativa consagrada na Constituição de 1988, o povo segue participando, fiscalizando, cobrando entre as eleições, todo o tempo.
Todos fazemos política, todos os dias, o tempo todo, seja em casa, na escola, com os amigos, no trabalho, faça chuva ou faça sol, é parte do nosso cotidiano, existir por si só já é um ato político! Então, ao governador insistir em tal tese mais do que batida de que a greve era política acaba por jogar água no moinho da despolitização e requenta um discurso que foi imediatamente acolhido e amplificado pelos meios de comunicação de massa que reclama dos prejuízos causados aos trabalhadores, mas não se preocupam em explicar para a população o tamanho descomunal do prejuízo que estes mesmos terão caso o metrô seja privatizado.
O mais curioso é que, entre as bandeiras dos manifestantes, figurava justamente a luta contra a privatização do metrô de São Paulo. O governo paulista cedeu 2 linhas a iniciativa privada, são as mais problemáticas, apresentando problemas e falhas até 10 vezes mais do que as que operam sobre controle público.
No dia da paralisação justamente essas 2 linhas decidiram oferecer uma “amostra grátis” a população paulistana de como será o serviço oferecido ao povo pelo metrô privatizado, falhando em plena paralisação das demais linhas que estavam em greve. Chegaram ao escárnio de alegarem uma “sabotagem”. Seria cômico se não fosse trágico…
Vamos a alguns números publicados pelo jornal Folha de São Paulo “As estações da linha 9-esmeralda, que opera de forma parcial desde a tarde de terça-feira (3) em razão de falha elétrica, estão lotadas desde o começo da manhã desta quarta-feira (4) em São Paulo. O tempo de espera chega a 30 minutos. A linha não circula entre as estações Vila Olímpia e Pinheiros. A linha é uma das duas geridas pela empresa Viamobilidade. A falha elétrica começou por volta das 14h de terça (3) em meio à greve conjunta entre o Metrô, CPTM e Sabesp. Em pouco mais de um ano sob a administração da ViaMobilidade, as linhas 8-diamante e 9-esmeralda acumularam 166 falhas, ou seja, média de uma a cada três dias”
A greve é direito de todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, é um instrumento de luta garantido pela Constituição de 1988 e, nesse caso especificamente, foi marcada por uma luta concreta e real de garantir um serviço de metrô público e de qualidade. Qualquer “prejuízo” causado momentaneamente no dia da greve não chega nem perto do que espera os usuários do serviço do metrô na capital paulista se ele, o serviço de fornecimento de água e outros mais forem privatizados. Essa agenda tem nome, é neoliberal, não conta com o apoio de grande parte da população, como mostra pesquisa que aferiu expressiva maioria que tem receio de passar a Sabesp para iniciativa privada.
Até os grandes meios de comunicação não ousam mais defender privatizações a todo custo, o resultado da sanha privatista no Brasil não melhorou em absolutamente nada os serviços assumidos pela iniciativa privada, aumentaram os preços da energia elétrica em vários estados do nordeste, subiram os pedágios na própria São Paulo e outras pérolas. Há de se ter parcimônia quando se fala em privatização, se é verdade que nem tudo precisa ser público também é que o estratégico para um país se desenvolver precisa ser, está aí a pandemia e a corrida por vacina e insumos que não nos deixa mentir. Estado forte ajuda e potencializa um país industrializado e com emprego, não há contradição alguma nisso.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Bacharel em Direito, Licenciado em História e Pedagogo, Especialista em Ensino de História, Ciência Política e Moderna Educação, Mestre e Doutor em Educação. É professor no Mestrado em Gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste da UFPE, membro do INCT Tec Cis 4.0, pesquisador sobre charges, cartuns e histórias em Quadrinhos e editor na Quadriculando Editora, além de presidente do PCdoB em Jaboatão dos Guararapes/PE
UFPB recomenda que professor não use camisetas do MST; docente denuncia perseguição
Servidor há 15 anos, professor de medicina diz ser perseguido por se opor à reitor 'biônico' indicado por Bolsonaro
Por Brasil de Fato24/09/2023 17h27
Professor alvo de denúncia na UFPB diz que usa camiseta do MST como manifestação pessoal de cidadania - Foto: Divulgação / Luciano Bezerra Gomes
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) arquivou o processo administrativo contra o professor Luciano Bezerra Gomes. O procedimento interno foi aberto porque o docente vestiu uma camiseta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em sala de aula.
Embora reconheça não ter havido atitudes ilegais ou irregulares por parte do professor, a Ouvidoria da UFPB recomendou que ele ou outros docentes não utilizem roupas que provoquem "conflitos" nas dependências da Universidade.
"Recomenda-se sugerir a docentes se apresentarem com vestimentas que não possam produzir conflitos dessa natureza novamente", escreveu o ouvidor da UFPB Hermann Atila.
Professor do curso de Medicina da UFPB há 15 anos, Luciano afirmou ao Brasil de Fato que é alvo de perseguição por fazer oposição política à gestão da Universidade. Ele recebeu apoio do sindicato docente da UFPB, a ADUFPB, e também do MST.
"Perseguição não só a mim enquanto pessoa física, mas à própria noção da universidade como um espaço democrático, plural, onde se fomenta o debate de ideias, onde se valoriza e respeita o direito constitucional de liberdade de pensamento e de expressão", afirmou o docente.
Docente diz ser perseguido por fazer oposição a reitor "biônico"
O servidor faz parte do Departamento de Promoção da Saúde do Centro de Ciências Médicas (CCM), onde leciona no curso de medicina da instituição há 15 anos. Ele também coordena o mestrado em Saúde Coletiva da UFPB e é responsável por um projeto de extensão aprovado pela Universidade que dá apoio ao setor de saúde do MST na estado.
Luciano diz ser perseguido por fazer oposição ao reitor "biônico" da UFPB, Valdiney Gouveia, que foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mesmo tendo sido o último colocado nas eleições de 2020. Na época, alunos da Universidade se acorrentaram na porta da reitoria em protesto contra a nomeação do reitor.
"Eu sou uma das pessoas que se colocou sempre de maneira muito explícita contra essa ação do governo federal de colocar um reitor ilegítimo indicado por um governo autoritário, antidemocrático e que desrespeitou a autonomia universitária", disse o professor de medicina.
Luciano sustenta ainda que o uso da camiseta do MST não provocou nenhum conflito em sala de aula. No processo administrativo, ao qual a reportagem teve acesso, não há menções a situações conflituosas.
"Não houve nenhum tipo de situação animosa da parte minha, nem da parte dos discentes ou de quem quer que tenha sido autor, autora dessa denúncia", relata o docente.
Denúncia diz que professor fez "propaganda política"
A denúncia contra Luciano foi protocolada em 31 de agosto de 2023. De acordo com o denunciante, o professor também teria feito "propaganda política" por meio de slides com o logotipo do movimento.
O professor diz não ter usado símbolos do MST no material didático e justificou que eventualmente precisa utilizar seu computador pessoal em sala de aula, por causa do sucateamento da estrutura fornecida pela universidade. Conforme Gomes, seu notebook particular tem fotos do projeto de extensão na área de trabalho.
Outro lado
O Brasil de Fato solicitou posicionamento à reitoria da UFPB. Quando houver resposta, a reportagem será atualizada.
Ufal oferta 404 vagas para vestibular a distância em três cursos de licenciatura
Inscrições podem ser feitas até o dia 23 de novembro, veja detalhes
Por Deriky Pereira / Ascom Ufal27/10/2023 17h24 - Atualizado em 27/10/2023 17h44
Vagas são para os cursos de licenciatura em Matemática, Geografia e Pedagogia - Foto: Ascom Ufal
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informa que estão abertas, até às 23h59 do dia 23 de novembro, as inscrições para 404 vagas do Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na modalidade de educação a distância, semipresencial, para os cursos de licenciatura em Matemática, Geografia e Pedagogia com ingresso no semestre letivo de 2024.1.
Conforme o edital, as vagas serão destinadas aos professores vinculados à secretaria de educação com vínculo efetivo em escolas da rede pública de ensino (estaduais ou municipais) localizadas em Alagoas e para ampla concorrência, voltada àqueles que tenham concluído ensino médio com certificação via Enem ou Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
As vagas serão distribuídas nos polos de Maceió, Arapiraca, Cajueiro, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maragogi, Porto Calvo, São José da Laje, Teotônio Vilela, Boca da Mata e Palmeira dos Índios. O candidato, inclusive, deverá obrigatoriamente escolher o curso, o grupo e o polo pretendidos no ato da inscrição, que custa R$ 30 e só pode ser paga no Banco do Brasil. Quem atenda aos requisitos estabelecidos no edital pode solicitar isenção da taxa até a segunda (30).
A lista de documentos necessária para se inscrever está no item 5 do edital. O resultado final deve ser divulgado em 2 de fevereiro de 2024, mesma data da convocação dos selecionados da primeira chamada. Cabe reforçar que o candidato selecionado não poderá ter vínculo com outro curso de graduação em Instituições de Ensino Superior (IES) no ato da matrícula, conforme Lei Federal nº 12.089, de 12 de novembro de 2009.
Ailton Krenak, pensador, ambientalista, filósofo, poeta e escritor mineiro, é o primeiro indígena eleito à Academia Brasileira de Letras | Foto: Wikimedia/Coletivo Garapa
Nesta quinta-feira (5), Ailton Krenak, filósofo renomado, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), tornando-se o primeiro indígena a integrar a prestigiosa instituição fundada por Machado de Assis. Aos 70 anos, ele assumiu a cadeira número 5, ocupada anteriormente por José Murilo de Carvalho, falecido em agosto.
Ailton Krenak, que já era membro da Academia Mineira de Letras desde março, foi considerado o favorito entre os 15 candidatos que disputavam a vaga. Ele recebeu 23 votos, enquanto Mary Lucy Murray Del Priore obteve 12 e Daniel Munduruku, 4. A data de posse ainda não foi definida pelo novo imortal da Academia, sendo um acerto dele com a ABL.
Trajetória e ativismo
Nascido em 1953, na região do vale do rio Doce (MG), território do povo Krenak, Ailton Alves Lacerda Krenak é uma figura ímpar no cenário intelectual brasileiro e um incansável defensor dos direitos indígenas e socioambientais. Sua atuação como ativista se estende por décadas, lutando pela preservação do meio ambiente e pelos direitos das comunidades indígenas.
Krenak é conhecido por sua liderança na Aliança dos Povos da Floresta, unindo comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. Contribuiu significativamente para a criação da União das Nações Indígenas (UNI) e foi coautor da proposta da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que distribuiu a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, em 2005.
Além disso, foi peça fundamental na conquista do “Capítulo dos Índios” na Constituição de 1988, garantindo no papel os direitos indígenas à cultura e à terra. Seus livros mais recentes, como “Ideias para adiar o fim do mundo” (2019) e “A vida não é útil” (2020), exploram temas atuais e urgentes, incluindo a pandemia da Covid-19 e a relação essencial entre a humanidade e a natureza.
Um momento histórico
A eleição de Krenak para a ABL é vista como um marco histórico não apenas para a instituição, mas para o Brasil como um todo. Sua visão de mundo único, focada na interação harmoniosa entre seres humanos e a natureza, ganha destaque em um momento crucial em que a preocupação com o meio ambiente e os direitos dos povos originários está em evidência global.
“Ailton Krenak é escritor de renome e figura central no movimento literário indígena do país. Sua voz é fundamental para o cenário atual, pois é elo entre a rica herança cultural e histórica dos povos originários e a literatura nacional. Esta eleição é um marco na ABL, que reafirma o seu compromisso em promover a diversidade e a inclusão na instituição e na literatura brasileira”, informa nota da instituição nas redes sociais.
Para o presidente da ABL, Merval Pereira, Krenak é um poeta com “visão de mundo muito própria e apropriada para este momento, em que o mundo está preocupado com o meio ambiente, em que os povos originários lutam por seus direitos. Tudo isso está embutido na vitória de Krenak na Academia. É um indígena que trabalha com a cultura indígena, com a valorização da oralidade”.
Merval destaca que a Academia está em festa porque realmente a proposta é ter representação cultural ampla na ABL. “Ailton Krenak é um pensador respeitado no mundo todo”. Ele também citou o livro “Futuro Ancestral” (2022), de Krenak, que trata da preservação dos rios como forma de conservar o futuro. “Os rios já estavam aqui antes de a gente chegar. Esta visão da natureza, do homem junto com a natureza, é que a gente está reforçando com esse grande escritor e intelectual indígena”.
O Ministério dos Povos Indígenas e a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, divulgaram notas nas redes sociais parabenizando o imortal da ABL. “Parabéns a Ailton Krenak que foi eleito nesta quinta-feira para a Academia Brasileira de Letras, se tornando a primeira pessoa indígena a ocupar uma cadeira na instituição”, diz nota do ministério.
Ailton Krenak é eleito na ABL | Foto: reprodução/ABL
Projetos futuros: valorização das línguas e culturas indígenas
Com uma alegria incontida, Ailton Krenak confirmou seus primeiros planos para a instituição. Entre suas intenções está o convite para a ABL criar uma plataforma, inspirada em sua experiência prévia com a “Biblioteca Ailton Krenak“, plataforma online que disponibiliza centenas de imagens, textos, filmes e documentos relacionados à cultura indígena.
Krenak enxerga a oportunidade de expandir essa iniciativa para incluir outras línguas nativas. “Teria tudo a ver com a Academia Brasileira de Letras incluir mais umas 170 línguas além do português. Se olhamos os acervos que já existem, o Museu do Índio tem um acervo muito antigo de registros de narrativas, algumas delas só na língua materna. Vamos traduzi-las com uma tradução simultânea e as pessoas vão poder ouvir. Podemos fazer isso junto com todas as etnias que estão envolvidas no resgaste linguístico. A UNESCO declarou essa década, a segunda década das línguas indígenas. Podemos chamá-la para dar um pouco mais de publicidade junto com a ABL, porque quando está na web, está no mundo, deixa de estar apenas no site. A ideia é priorizar a oralidade, e não o texto. O que ameaça essas línguas é a ausência de falantes”, disse.
Essa visão inovadora destaca a importância da preservação linguística e cultural, e Ailton Krenak se propõe a promover essas iniciativas com entusiasmo e dedicação em sua nova trajetória como imortal da Academia.
Livro "Educação Matemática", de escritor alagoano, alcança 100 mil vendas
Obra se destaca em meio às dificuldades no ensino de Matemática e aponta caminhos para a melhoria da educação
Por Assessoria13/09/2023 14h32
Thiago Dantas, escritor - Foto: Divulgação
A Matemática, muitas vezes encarada como um grande desafio por estudantes, se tornou uma preocupação crescente no cenário educacional brasileiro. A dificuldade de aprendizado, acentuada pela pandemia, é uma realidade que afeta milhares de alunos em todo o país. No entanto, uma notícia recente traz luz a essa questão: o livro "Educação Matemática," escrito por Thiago Dantas e publicado pela editora "Abrindo Página" em 2017, alcançou a importante marca de 100 mil unidades vendidas, entre e-books e livros físicos.
A relevância desse feito supera as fronteiras da leitura. Em meio às dificuldades enfrentadas por estudantes no aprendizado da Matemática, especialmente em um contexto pandêmico, o livro de Thiago Dantas surge como uma valiosa ferramenta de mudança. Os números expressivos de vendas refletem o anseio por métodos mais eficazes no ensino da disciplina.
O estado de Alagoas não é exceção à luta contra o ensino deficitário da Matemática. A disciplina é muitas vezes vista como um obstáculo intransponível pelos alunos, que frequentemente atribuem suas dificuldades à complexidade da matéria ou à metodologia de ensino. Por outro lado, alguns professores argumentam que a falta de motivação e esforço dos alunos são as principais barreiras para o aprendizado bem-sucedido.
Nesse contexto, o livro "Educação Matemática" se apresenta como uma resposta a esses desafios. Thiago Dantas, considerado um pesquisador de destaque no segmento imobiliário e de ciências exatas da região nordeste, com um notável registro de obras intelectuais na Biblioteca Nacional e publicações em revistas científicas de impacto, compartilha sua visão sobre a educação matemática.
"Para mim, esse alcance significativo do livro Educação Matemática mostra que o tabu existente em relação à Matemática está próximo de ser superado. Com apoio político e social, teremos, em breve, mudanças na forma de ensino para melhor qualificação da educação dos jovens”, destacou o escritor.
A principal contribuição da obra, segundo Dantas, está na orientação que oferece aos professores, fornecendo um roteiro para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. O método proposto pelo autor integra teoria e prática de forma inovadora, abordando questões do cotidiano nas aulas de Matemática.
De acordo com os resultados da Prova São Paulo de 2021, mais de 90% dos alunos do 9º ano da rede municipal de ensino de São Paulo enfrentam dificuldades significativas em disciplinas essenciais, como Matemática, Ciências Naturais e Língua Portuguesa. Com isso, o livro "Educação Matemática" se destaca como uma luz no fim do túnel já que promove um novo paradigma para a educação matemática, com potencial para impactar positivamente a vida de inúmeros estudantes em todo o país. Seu sucesso comercial e sua capacidade de proporcionar uma abordagem prática e criativa para o ensino de Matemática oferecem esperança de melhorias na educação matemática no Brasil.